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China à conquista de África

China à conquista de África



O Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, assinou contratos de investimento com a China no valor de 3,7 mil milhões de euros,durante uma visita ao país, neste mês de Agosto. O acordo prevê vários investimentos, nomeadamente, a reabilitação de uma linha ferroviária construída, originalmente, pelos britânicos e que deveria ligar Mombasa a Kampala, Uganda. A importância desta linha férrea está na sua capacidade de transporte de carga, uma vez que o Uganda é um país interior, sem mar, e,por isso, fortemente dependente de vias de comunicação terrestres. Outro investimento, muito defendido por Pequim, é o desenvolvimento de uma outra linha ferroviária no coração da Etiópia. Para a China, o financiamento destas infra-estruturas na África Oriental, e pela restante África, significa também “ajudar as empresas chinesas” a exportar os seus produtos e a importar matéria-prima. Além disso, contribui, de forma directa, na sua construção fornecendo materiais, como o aço, e mão-de-obra.O gigante asiático aumenta, assim, a sua área de actuação comercial numa altura em que as suas necessidades de matérias primas, principalmente energéticas, como o petróleo, o gás natural e o carvão são cada vez maiores.A China encontra, aqui, 8% das reservas mundiais de petróleo e um quarto das suas necessidades energéticas são satisfeitas em África, nomeadamente, em países como Argélia, Angola, Chade, Sudão, Guiné Equatorial, Gabão e Nigéria. E esta “co-dependência” regional, entre China e África, irá aumentar nos próximos anos:  porque a actividade económica no mundo ocidental desenvolvido está a estagnar e a china precisa de outros mercados para vender os seus produtos. Igualmente os investimentos de empresas chinesas em África contribuem para manter o crescimento económico do gigante asiático, uma vez que o capital investido nestes países africanos volta a entrar no país de origem, em forma de lucro puro ou em matérias primas adquiridas a preços de saldo. Mesmo os contratos de construção  ganhos pelas empresas chinesas são pagos com linhas de crédito, firmadas de Estado a Estado, as quais têm por base acordos comerciais. Os investimentos chineses estão longe de ser um acto altruísta, são sim puro negócio com um retorno vantajoso para a economia asiática. Mas é também verdade, que o financiamento de infra-estruturas como o transporte rodoviário, ferroviário, portos, saneamento e abastecimento de água são fundamentais para África, para o seu crescimento económico e bem estar das populações.
Por último mas não menos importante, está o interesse estratégico. A China é uma potência regional mas também mundial e quer manter este estatuto. Para isso tem que alargar as suas influências políticas e, até, militares.

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