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CIENCIA: AGORA É A NASA QUE DIZ: 16 de março de 2880: a nova data para o possível fim do mundo

Fonte da imagem: Shutterstock 16 de março de 2880: a nova data para o possível fim do mundo








Ao ler o título acima, provavelmente você pensou: “eu nem estarei mais aqui quando isso acontecer”. É ou não é verdade? De qualquer forma, se realmente a previsão de uma possível colisão de um asteroide na Terra nesta data se concretizar, o negócio é rezar para que os nossos descendentes descubram um jeito infalível de destruir o astro celeste antes do mesmo aniquilar a raça humana.
Segundo a Discovery News, existem mais de 10 mil corpos celestes próximos da Terra que foram identificados até agora. São asteroides e cometas de tamanhos variados, que compreendem a distância orbital da Terra em cerca de 45 milhões de quilômetros. Desses, cerca de 10% são maiores do que um quilômetro, sendo grandes o suficientes para ter consequências globais desastrosas no caso de um impacto.

Armagedon?

Fonte da imagem: Shutterstock
Descoberto pela primeira vez em fevereiro de 1950, o asteroide chamado 1950 DA tem 1,1 quilômetros de largura foi observado por 17 dias e, em seguida, desapareceu de vista. Porém, ele foi flagrado novamente no dia 31 de Dezembro de 2000, na virada para o século 21.
Juntamente com as observações de radar feitas alguns meses mais tarde, em março 2001, os astrônomos observaram que o asteroide 1950 DA tem uma trajetória que vai trazê-lo muito próximo da Terra no dia em 16 de março de 2880.
Segundo as pesquisas, a astro pode chegar perto o suficiente do nosso planeta de forma que uma colisão não seja inteiramente descartada. A janela de tempo da passagem do asteroide foi calculada para ter 20 minutos.
As análises do radar e pesquisas sobre o 1950 DA, realizadas pelos cientistas da NASA Jet Propulsion Laboratory, revelaram que a probabilidade de impacto nesta data é de, no máximo, 1 em 300 com base sobre o que se sabe sobre o asteroide até agora.
Então você pensa: “ah, mas essa chance é muito pequena!”. Porém, só para você ter uma ideia, 1 em 300 representa um risco 50% maior do que o risco médio de colisão de todos os outros asteroides que já passaram perto da Terra até então.

Mas tudo pode mudar

Entretanto, esse é um valor máximo. Esse limite pode aumentar ou diminuir conforme mais se aprende sobre o asteroide e ele poderá ser observado com mais precisão novamente em 2032. Existem muitos fatores que influenciam a trajetória de um asteroide no espaço. Sua taxa de rotação, refletividade, a composição, a massa, as variações de terreno e até interações gravitacionais com outros organismos (alguns dos quais ainda sequer foram descobertos).
Tudo isso pode afetar o movimento de um asteroide e, mais especificamente, a sua exata posição no futuro. Apesar de o risco existir, existe também algo a mais que pode nos salvar: o efeito Yarkovsky .
Uma força pequena, mas importante que age sobre os asteroides, o efeito Yarkovsky é um "empurrãozinho" criado por emissão térmica. Como um asteroide reúne energia do calor do sol, ele libera um pouco dela de volta para o espaço. E isso pode alterar o seu curso ligeiramente. Vamos torcer para que isso aconteça!
Apesar de tudo, saber precisamente onde o 1950 DA estará daqui a 866 anos (e se ele irá ou não ocupar o mesmo ponto no espaço com o nosso planeta) depende de muitos fatores que não são muito bem conhecidos, mesmo que a sua órbita já seja bastante compreendida. Mais observações aprofundadas terão de ser feitas e ainda teremos várias gerações para melhorar o nosso conhecimento e tecnologia.

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