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Os evangelhos apócrifos: verdade ou mentira?

Os evangelhos apócrifos: Vários documentos cristãos foram rejeitados pela Igreja, nos primeiros séculos do Cristianismo.


Os textos do Novo Testamento considerados canônicos pela Igreja Católica são quatro evangelhos, o Livro dos Atos dos Apóstolos, 21 cartas de discípulos e o Apocalipse. Todos os demais, mesmo os comprovadamente escritos nos dois primeiros séculos da Era Cristã, foram considerados heréticos.

Os evangelhos apócrifos: verdade ou mentira? 
De acordo com a Igreja Católica, os livros  escolhidos para formar o Novo Testamento são os únicos verdadeiros. A Igreja se considera única depositária da tradição apostólica, mas na verdade ela é a corrente cristã que prevaleceu a partir do século IV (com a afirmação trindade e de que Jesus tinha duas naturezas: humana e divina), em detrimento de outras vertentes, como o Gnosticismo. Parte dos evangelhos apócrifos  (a palavra grega significa “secreto”) é formada apenas de relatos que não concordam com dogmas da igreja majoritária. Ocorre que estes mesmos dogmas foram se desenvolvendo com o tempo. Um deles, por exemplo, o da infalibilidade papal, que afirma ser o papa impossibilitado de errar quando fala sobre moral e fé, por estar assistido pelo Espírito Santo, só foi estabelecido no século XIX. No século XVI, Martinho Lutero retirou alguns livros que considerava contrários à fé verdadeira, ou à sua opinião sobre o que é fé.
Entre os evangelhos apócrifos mais conhecidos, estão o de Pedro e o de Maria Madalena. O evangelho de Pedro parece ser um rascunho de outro texto aceito pela Igreja, o livro segundo Marcos (um provável parente do discípulo Simão Pedro). Já o texto atribuído a Maria Madalena provoca controvérsias: nele, Jesus diz, entre outras coisas, que não há pecado. Alguns textos descrevem a infância de Jesus. Num deles, o menino mata sem querer um pássaro e ressuscita-o em seguida.
Outros são bem mais recentes, como o que conta uma estranha versão: Jesus teria se casado com Maria Madalena e tido um filho (ou mais) com ela. Na cruz, quando ele diz “mulher, eis teu filho, filho, eis tua mãe”, estaria referindo-se à sua esposa e filho, e não a Maria e João, conforme a explicação tradicional. Na sequência da história, o filho presumido de Jesus teria ido para a Europa e dado origem à dinastia merovíngia, cujos reis governaram França e vários reinos alemães durante os séculos VI e VII. É evidente que quem contou a história queria destacar esses soberanos.
Um texto mais recente foi encontrado em 1945, foi atribuído ao apóstolo Tomé. Apesar de concordar em grande parte com os evangelhos canônicos, o livro faz parte de uma coleção de livros gnósticos encontrada por um camponês em Nag Hamadi, no Egito, razão por que não foi aceito pelas igrejas cristãs, que contestam sua autenticidade.





O que é a Bíblia? É na verdade a reunião de vários livros que eram a regra de fé dos primeiros cristãos e dos Judeus. A bem da verdade, os primeiros cristãos, aqueles que se formaram logo depois de Jesus Cristo, e que existiram entre o ano zero, ano do nascimento de Jesus Cristo e o ano de 325 depois de Cristo não tinham uma Bíblia. Tinham  um conjunto de livros escritos por diversos escritores e que eram os evangelhos.

Os evangelhos que estão na Bíblia fazem parte de um conjunto muito maior de evangelhos. Foram selecionados no primeiro concílio da Igreja Católica, o CONCÍLIO DE NICÉIA convocado pelo primeiro imperador católico Constantino que adotou o Cristianismo, uma doutrina que se propagava no mundo ROMANO dominado por volta do ano 300dc. Foi na verdade uma ação que teve fundo mais político do que realmente devocional. Até então os cristãos eram perseguidos e jogados aos Leões.

Quais foram na verdade as tramas e os acontecimentos que envolveram esses fatos, e qual a autoridade que tinha a igreja católica para proclamar os livros escolhidos da Bíblia como os que realmente eram verdadeiros?

Os primitivos cristãos ou seja aqueles que eram perseguidos não tinham essa Bíblia compilada pelos CATÓLICOS. Tinham sim um conjunto muito maior que até hoje está nos porões do VATICANO, mas cujas cópias circulam por todo o mundo. Encerram narrativas que mostram episódios da infancia de Jesus, e visões proféticas e apocalípticas, bem como os do velho testamento que narram episódios da vida dos Judeus.

 JERÔNIMO
Reuniu e compilou a primeira Bíblia
Bíblia (do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, "rolo" ou "livro") é o texto religioso central do cristianismo e sendo o maior Best-Seller de todos os tempos com mais de 6 Bilhões de cópias vendidas em todo o Mundo, 7 vezes o número de cópias do 2º Colocado da Lista dos 21 Livros Mais Vendidos.
Foi São Jerônimo, tradutor da Vulgata latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de "Biblioteca Divina". A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados como divinamente inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de Abraão (além do cristianismo e do judaísmo, o islamismo). São, por isso, conhecidas como as "religiões do Livro". É sinônimo de "Escrituras Sagradas" e "Palavra de Deus".
As diversas igrejas cristãs possuem algumas divergências quanto aos seus cânones sagrados. Inclusive protestantes entre protestantes. Algumas igrejas cristãs protestantes possuem 39 livros no Antigo Testamento como parte do cânone de suas Bíblias, e outras, 46 livros.As Bíblias protestantes que possuem 46 livros são das igrejas que aceitam os deuterocanônicos como inspirados. A Igreja Católica possui 46 livros no Antigo Testamento como parte de seu cânone bíblico (os livros de Tobias,JuditeSabedoriaEclesiástico (ou Sirácides), BaruqueI Macabeus e II Macabeus, e alguns trechos nos livros de Ester e de Daniel). Estes textos são chamados deuterocanônicos (ou "do segundo cânon") pela Igreja Católica.
Importante dizer que uma parcela grande de judeus, cerca de quatro quintos,tem em seu cânon os deuterocanônicos, diferente da minoria farisaica palestinence. E foi dessa minoria que alguns Protestantes do século XX, finalmente retificaram seu cânon, com os aparecimentos das primeiras Sociedades Bíblicas.
As igrejas cristãs ortodoxas, e as outras igrejas orientais, aceitam, além de todos estes já citados, outros dois livros de Esdras, outros dois dos Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição gregacópticaeslava e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca).
As igrejas cristãs protestantes, consideraram os textos deuterocanônicos como apócrifos, mas os reconhecem como leitura proveitosa e moralizadora, além do valor histórico dos livros dos Macabeus e outros os tem como literamente canônicos. Varias e importantes Bíblias protestantes, como a Bíblia do Rei Tiago e a Bíblia espanhola Reina-Valera, contêm nas suas edições os deuterocanônicos.
Quanto ao Novo Testamento, os cristãos são unânimes em aceitar o Novo Testamento com seus 27 escritos.




OS IDIOMAS E A "VULGATA LATINA"
Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia: o hebraico, o grego e o aramaico. Em hebraico consonantal foi escrito todo o Antigo Testamento, com exceção dos livros chamados deuterocanônicos, e de alguns capítulos do livro de Daniel, que foram redigidos em aramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanônicos do Antigo Testamento, foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento. Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente escrito em hebraico, visto que a forma de escrever visava alcançar os judeus.

O hebraico utilizado na Bíblia não é todo igual. Encontramos em alguns livros o hebraico clássico (por ex. livros de Samuel e Reis), em outros um hebraico mais rudimentar e em outros ainda, nomeadamente os últimos a serem escritos, um hebraico elaborado, com termos novos e influência de outras línguas circunvizinhas. O grego do Novo Testamento, apesar das diferenças de estilo entre os livros, corresponde ao chamado grego koiné (isto é, o grego "comum" ou "vulgar", em oposição ao grego clássico), o segundo idioma mais falado no Império Romano.

PAPA DÂMASO II
CONCÍLIO DE TRENTO
A primeira tradução latina da Bíblia foi a Vetus Latina, baseada na Septuaginta, e, portanto, contendo livros não incluídos na Bíblia hebraica. O Papa Dâmaso I montaria a primeira lista de livros da Bíblia, no Concílio de Roma em 382 d.C. Ele pediu a São Jerónimo que produzisse um texto confiável e consistente, traduzindo os textos originais em grego e hebraico para o latim. Esta tradução ficou conhecida como a Bíblia Vulgata Latina, antes disso havia grande confusão e divergência sobre os textos bíblicos a serem aceitos pelos cristãos e, em 1546, o Concílio de Trento a declarou como a única Bíblia autêntica e oficial no rito latino da Igreja Católica.
Os livros não incluidos na Bíblia Foram livros escritos por homens, dai não poderem ser considerados como a palavra de Deus, porém são o testemunho vivo de fatos importantíssimos que merecem estudo e reflexão.

A Bíblia começou a ser formada pela Igreja Católica Apostólica Romana no primeiro concílio de Nicéia, que foi o primeiro concílio da Igreja Católica assim que foi formada.

O CONCÍLIO DE NICÉIA

IMPERADOR CONSTANTINO
325 D.C – É realizado o Concílio de Nicéia, atual cidade de Iznik, província de Anatólia ( nome que se costuma dar à antiga Ásia Menor ), na Turquia asiática. A Turquia é um país euro-asiático, constituído por uma pequena parte européia, a Trácia, e uma grande parte asiática, a Anatólia. Este foi o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja, convocado pelo Imperador Flavius Valerius Constantinus ( 285 - 337 d.C ), filho de Constâncio I. Quando seu pai morreu em 306, Constantino passou a exercer autoridade suprema na Bretanha, Gália ( atual França ) e Espanha. Aos poucos, foi assumindo o controle de todo o Império Romano.

Desde Lúcio Domício Aureliano ( 270 - 275 d.C ), os Imperadores tinham abandonado a unidade religiosa, com a renúncia de Aureliano a seus "direitos divinos", em 274. Porém, Constantino, estadista sagaz que era, inverteu a política vigente, passando, da perseguição aos cristãos, à promoção do Cristianismo, vislumbrando a oportunidade de relançar, através da Igreja, a unidade religiosa do seu Império. Contudo, durante todo o seu regime, não abriu mão de sua condição de sumo-sacerdote do culto pagão ao "Sol Invictus". Tinha um conhecimento rudimentar da doutrina cristã e suas intervenções em matéria religiosa visavam, a princípio, fortalecer a monarquia do seu governo.

IMPERADOR DIOCLECIANO
PERSEGUIDOR DE CRISTÃOS
Na verdade, Constantino observara a coragem e determinação dos mártires cristãos durante as perseguições promovidas por Diocleciano, em 303. Sabia que, embora ainda fossem minoritários ( 10% da população do império ), os cristãos se concentravam nos grandes centros urbanos, principalmente em território inimigo. Foi uma jogada de mestre, do ponto de vista estratégico, fazer do Cristianismo a Religião Oficial do Império : Tomando os cristãos sob sua proteção, estabelecia a divisão no campo adversário. Em 325, já como soberano único, convocou mais de 300 bispos ao Concílio de Nicéia. Constantino visava dotar a Igreja de uma doutrina padrão, pois as divisões, dentro da nova religião que nascia, ameaçavam sua autoridade e domínio. Era necessário, portanto, um Concílio para dar nova estrutura aos seus poderes.


ARIUS
Defensor da tese de
que Jesus era um ser Criado
e não Divino.
E o momento decisivo sobre a doutrina da Trindade ocorreu nesse Concílio. Trezentos Bispos se reúnem para decidir se Cristo era um ser criado ( doutrina de Arius ) ou não criado, e sim igual e eterno como Deus Seu Pai ( doutrina de Atanásio ). A igreja acabou rejeitando a idéia ariana de que Jesus era a primeira e mais nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era da mesma "substância" ou "essência" ( isto é, a mesma entidade existente ) do Pai. Assim, segundo a conclusão desse Concílio, há somente um Deus, não dois; a distância entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, e o Filho é Deus no mesmo sentido em que o Pai o é. Dizendo que o Filho e o Pai são "de uma substância", e que o Filho é "gerado" ("único gerado, ou unigênito", João 1. 14,18; 3. 16,18, e notas ao texto da NVI), mas "não feito", o Credo Niceno, estabelece a Divindade do homem da Galiléia, embora essa conclusão não tenha sido unânime. Os Bispos que discordaram, foram simplesmente perseguidos e exilados.

ATANASIO
Defensor da tese da
divinização de Jesus
Com a subida da Igreja ao poder, discussões doutrinárias passaram a ser tratadas como questões de Estado. E na controvérsia ariana, colocava-se um obstáculo grande à realização da idéia de Constantino de um Império universal que deveria ser alcançado com a uniformidade da adoração divina.



O Concílio foi aberto formalmente a 20 de maio, na estrutura central do palácio imperial, ocupando-se com discussões preparatórias na questão ariana, em que Arius, com alguns seguidores, em especial Eusébio, de Nicomédia ; Teógnis, de Nice, e Maris, de Chalcedon, parecem ter sido os principais líderes. Como era costume, os bispos orientais estavam em maioria. Na primeira linha de influência hierárquica estavam três arcebispos : Alexandre, de Alexandria ; Eustáquio, de Antioquia e Macário, de Jerusalém, bem como Eusébio, de Nicomédia e Eusébio, de Cesaréia. Entre os bispos encontravam-se Stratofilus, bispo de Pitiunt ( Bichvinta, reino de Egrisi ). O ocidente enviou não mais de cinco representantes na proporção relativa das províncias : Marcus, da Calabria ( Itália ) ; Cecilian, de Cartago ( África ) ; Hosius, de Córdova ( Espanha ) ; Nicasius, de Dijon ( França ) e Domnus, de Stridon ( Província do Danúbio ). Apenas 318 bispos compareceram, o que equivalia a apenas uns 18% de todos os bispos do Império. Dos 318, poucos eram da parte ocidental do domínio de Constantino, tornando a votação, no mínimo, tendenciosa. Assim, tendo os bispos orientais como maioria e a seu favor, Constantino aprovaria com facilidade, tudo aquilo que fosse do seu interesse.

As sessões regulares, no entanto, começaram somente com a chegada do Imperador. Após Constantino ter explicitamente ordenado o curso das negociações, ele confiou o controle dos procedimentos a uma comissão designada por ele mesmo, consistindo provavelmente nos participantes mais proeminentes desse corpo. O Imperador manipulou, pressionou e ameaçou os partícipes do Concílio para garantir que votariam no que ele acreditava, e não em algum consenso a que os bispos chegassem. Dois dos bispos que votaram a favor de Arius foram exilados e os escritos de Arius foram destruídos. Constantino decretou que qualquer um que fosse apanhado com documentos arianistas estaria sujeito à pena de morte.

Mas a decisão da Assembléia não foi unânime, e a influência do imperador era claramente evidente quando diversos bispos de Egito foram expulsos devido à sua oposição ao credo. Na realidade, as decisões de Nicéia foram fruto de uma minoria. Foram mal entendidas e até rejeitadas por muitos que não eram partidários de Ário. Posteriormente, 90 bispos elaboraram outro credo ( O "Credo da Dedicação" ) em, 341, para substituir o de Nicéia. (...) E em 357, um Concílio em Smirna adotou um credo autenticamente ariano.

Portanto, as orientações de Constantino nessa etapa foram decisivas para que o Concílio promulgasse o credo de Nicéia, ou a Divindade de Cristo, em 19 de Junho de 325. E com isso, veio a conseqüente instituição da Santíssima Trindade e a mais discutida, ainda, a instituição do Espírito Santo, o que redundou em interpolações e cortes de textos sagrados, para se adaptar a Bíblia às decisões do conturbado Concílio e outros, como o de Constantinopla, em 38l, cujo objetivo foi confirmar as decisões daquele.

A concepção da Trindade, tão obscura, tão incompreensível, oferecia grande vantagem às pretensões da Igreja. Permitia-lhe fazer de Jesus Cristo um Deus. Conferia a Jesus, que ela chama seu fundador, um prestígio, uma autoridade, cujo esplendor recaia sobre a própria Igreja católica e assegurava o seu poder, exatamente como foi planejado por Constantino. Essa estratégia revela o segredo da adoção trinitária pelo concílio de Nicéia.


Os teólogos justificaram essa doutrina estranha da divinização de Jesus, colocando no Credo a seguinte expressão sobre Jesus Cristo : “Gerado, não criado”. Mas, se foi gerado, Cristo não existia antes de ser gerado pelo Pai. Logo, Ele não é Deus, pois Deus é eterno ! Espelhando bem os novos tempos, o Credo de Nicéia não fez qualquer referência aos ensinamentos de Jesus. Faltou nele um "Creio em seus ensinamentos", talvez porque já não interessassem tanto a uma religião agora sócia do poder Imperial Romano.

Mesmo com a adoção do Credo de Nicéia, os problemas continuaram e, em poucos anos, a facção arianista começou a recuperar o controle. Tornaram-se tão poderosos que Constantino os reabilitou e denunciou o grupo de Atanásio. Arius e os bispos que o apoiavam voltaram do exílio. Agora, Atanásio é que foi banido. Quando Constantino morreu ( depois de ser batizado por um bispo arianista ), seu filho restaurou a filosofia arianista e seus bispos e condenou o grupo de Atanásio.


IMPERADOR TEODÓSIO
Nos anos seguintes, a disputa política continuou, até que os arianistas abusaram de seu poder e foram derrubados. A controvérsia político/religiosa causou violência e morte generalizadas. Em 381 d.C, o imperador Teodósio ( um trinitarista ) convocou um concílio em Constantinopla. Apenas bispos trinitários foram convidados a participar. Cento e cinquenta bispos compareceram e votaram uma alteração no Credo de Nicéia para incluir o Espírito Santo como parte da divindade. A doutrina da Trindade era agora oficial para a Igreja e também para o Estado. Com a exclusiva participação dos citados bispos, a Trindade foi imposta a todos como "mais uma verdade teológica da igreja". E os bispos, que não apoiaram essa tese, foram expulsos da Igreja e excomungados.

Por volta do século IX, o credo já estava estabelecido na Espanha, França e Alemanha. Tinha levado séculos desde o tempo de Cristo para que a doutrina da Trindade "pegasse". A política do governo e da Igreja foram as razões que levaram a Trindade a existir e se tornar a doutrina oficial da Igreja. Como se pode observar, a doutrina trinitária resultou da mistura de fraude, política, um imperador pagão e facções em guerra que causaram mortes e derramamento de sangue.

As Igrejas Cristãs hoje em dia dizem que Constantino foi o primeiro Imperador Cristão, mas seu "cristianismo" tinha motivação apenas política. É altamente duvidoso que ele realmente aceitasse a Doutrina Cristã. Ele mandou matar um de seus filhos, além de um sobrinho, seu cunhado e possivelmente uma de suas esposas. Ele manteve seu título de alto sacerdote de uma religião pagã até o fim da vida e só foi batizado em seu leito de morte.

OBS : Em 313 d.C., com o grande avanço da "Religião do Carpinteiro", o Imperador Constantino Magno enfrentava problemas com o povo romano e necessitava de uma nova Religião para controlar as massas. Aproveitando-se da grande difusão do Cristianismo, apoderou-se dessa Religião e modificou-a, conforme seus interesses. Alguns anos depois, em 325 D.C, no Concílio de Nicéia, é fundada, oficialmente, a Igreja Católica...

Há que se ressaltar que, "Igreja" na época de Jesus, não era a "Igreja" que entendemos hoje, pois se lermos os Evangelhos duma ponta à outra veremos que a palavra «Igreja», no sentido que hoje lhe damos, nem sequer neles é mencionada exceto por aproximação e apenas três vezes em dois versículos no Evangelho de Mateus (Mt 16, 18 e Mt 18, 17), pois a palavra grega original, usada por Mateus, ekklêsia, significa simplesmente «assembleia de convocados», neste caso a comunidade dos seguidores da doutrina de Jesus, ou a sua reunião num local, geralmente em casas particulares onde se liam as cartas e as mensagens dos apóstolos. Sabemo-lo pelo testemunho de outros textos do Novo Testamento, já que os Evangelhos a esse respeito são omissos. Veja-se, por exemplo, a epístola aos Romanos (16, 5) onde Paulo cita o agrupamento (ekklêsia) que se reunia na residência dum casal de tecelões, Aquila e Priscila, ou a epístola a Filémon (1, 2) onde o mesmo Paulo saúda a ekklêsia que se reunia em casa do dito Filémon ; num dos casos, como lemos na epístola de Tiago (2, 2), essa congregação cristã é designada por «sinagoga». Nada disto tem a ver, portanto, com a imponente Igreja católica enquanto instituição formal estruturada e oficializada, sobretudo a partir do Concílio de Nícéia, presidido pelo Imperador Constantino, mais de 300 anos após a morte de Cristo.

BISPO IRINEU

OS LIVROS RETIRADOS DAS SANTAS ESCRITURAS




Os quatro evangelhos canônicos, que se acredita terem sido inspirados pelo Espírito Santo, não eram aceitos como tais no início da Igreja. O bispo de Lyon, Irineu, explica os pitorescos critérios utilizados na escolha dos quatro evangelhos ( reparem na fragilidade dos argumentos...) : "O evangelho é a coluna da Igreja, a Igreja está espalhada por todo o mundo, o mundo tem quatro regiões, e convém, portanto, que haja também quatro evangelhos. O evangelho é o sopro do vento divino da vida para os homens, e pois, como há quatro ventos cardiais, daí a necessidade de quatro evangelhos. (...) O Verbo criador do Universo reina e brilha sobre os querubins, os querubins têm quatro formas, eis porque o Verbo nos obsequiou com quatro evangelhos”.




As versões sobre como se deu a separação entre os evangelhos canônicos e apócrifos, durante o Concílio de Nicéia no ano 325 D.C, são também singulares. Uma das versões diz que estando os bispos em oração, os evangelhos inspirados foram depositar-se no altar por si só !!! ... Uma outra versão informa que todos os evangelhos foram colocados por sobre o altar, e os apócrifos caíram no chão... Uma terceira versão afirma que o Espírito Santo entrou no recinto do Concílio em forma de pomba, através de uma vidraça (sem quebrá-la), e foi pousando no ombro direito de cada bispo, cochichando nos ouvidos deles os evangelhos inspirados...



A Bíblia como um todo, aliás, não apresentou sempre a forma como é hoje conhecida. Vários textos, chamados hoje de "apócrifos", figuravam anteriormente na Bíblia, em contraposição aos canônicos reconhecidos pela Igreja.



Segundo o Dicionário Aurélio, o termo Apócrifos significa :

" Entre os Católicos, Apócrifos eram os Escritos de assuntos sagrados que não foram incluídos pela Igreja no Cânon das Escrituras autênticas e divinamente inspiradas ". ( destaque nosso ).

Livro de Maria Helena de Oliveira

Obs - Note que o próprio Dicionário Aurélio registra a expressão : " divinamente inspiradas ". Por que será ?



Maria Helena de Oliveira Tricca, compiladora da obra Apócrifos, Os Proscritos da Bíblia, diz: "Muitos dos chamados textos apócrifos já fizeram parte da Bíblia, mas ao longo dos sucessivos concílios acabaram sendo eliminados. Houve os que depois viriam a ser beneficiados por uma reconsideração e tornariam a partilhar a Bíblia. Exemplos : O Livro da Sabedoria, atribuído a Salomão, o Eclesiástico ou Sirac, as Odes de Salomão, o Tobit ou Livro de Tobias, o Livro dos Macabeus e outros mais. A maioria ficou definitivamente fora, como o famoso Livro de Enoch, o Livro da Ascensão de Isaías e os Livros III e IV dos Macabeus."


Perguntamos : Quais foram os motivos para excluir esses Livros das Santas Escrituras definitivamente ? Será que os "santos padres" daquela época se achavam superiores aos Apóstolos e mártires que vivenciaram de perto os acontecimentos relacionados a Cristo e ao judaísmo ? De que poder esses mesmos "santos padres" se revestiam a ponto de afirmarem que alguns Textos Evangélicos não representavam os ensinamentos e a Palavra de Deus ?

Visando maiores esclarecimentos, sugerimos, para aqueles que desejam aprofundar-se no assunto, uma leitura dos Livros que tratam com mais detalhe esse tema, os quais podem ser encontrados no Site Submarino :
Parte 1 e Parte 2


Existem mais de 60 evangelhos apócrifos, como os de Tomé, de Pedro, de Felipe, de Tiago, dos Hebreus, dos Nazarenos, dos Doze, dos Setenta, etc. Foi um bispo quem escolheu, no século IV, os 27 textos do atual Novo Testamento. Em relação ao Antigo Testamento, o problema só foi definitivamente resolvido no ano de 1546, durante o Concílio de Trento. Depois de muita controvérsia, acalorados debates e até luta física entre os participantes, o Concílio decretou que os livros 1 e 2 de Esdras e a Oração de Manassés sairiam da Bíblia. Em compensação, alguns textos apócrifos foram incorporados aos livros canônicos, como o livro de Judite (acrescido em Ester), os livros do Dragão e do Cântico dos Três Santos Filhos (acrescidos em Daniel) e o livro de Baruque (contendo a Epístola de Jeremias).

Os católicos não foram unânimes quanto a inspiração divina nesses livros. No Concílio de Trento houve luta corporal quando este assunto foi tratado. Lorraine Boetner ( in Catolicismo Romano ) cita o seguinte : " O papa Gregório, o grande, declarou que primeiro Macabeus, um livro apócrifo, não é canônico. O cardeal Ximenes, em sua Bíblia poliglota, exatamente antes do Concílio de Trento, exclui os apócrifos e sua obra foi aprovada pelo papa Leão X. Será que estes papas se enganaram ? Se eles estavam certos, a decisão do Concílio de Trento estava errada. Se eles estavam errados, onde fica a infalibilidade do papa como mestre da doutrina ? "

No inicio do cristianismo, os evangelhos eram em número de 315, sendo posteriormente reduzidos para 4, no Concílio de Nicéia. Tal número, indica perfeitamente as várias formas de interpretação local das crenças religiosas da orla mediterrânea, acerca da idéia messiânica lançada pelos sacerdotes judeus. Sem dúvida, este fato deve ter levado Irineu a escrever o seguinte: " Há apenas 4 Evangelhos, nem mais um, nem menos um, e que só pessoas de espírito leviano, os ignorantes e os insolentes é que andam falseando a verdade ". Disse isso, mesmo diante dos acontecimentos acima relatados e que eram de conhecimento geral.


Havia então, os Evangelhos dos Naziazenos, dos Judeus, dos Egípcios, dos Ebionistas, o de Pedro, o de Barnabé, entre outros, 03 dos quais foram queimados, restando apenas os 4 “sorteados” e oficializados no Concílio de Nicéia.


Celso, erudito romano, contemporâneo de Irineu, entre os anos 170 e 180 D.C, disse: "Certos fiéis modificaram o primeiro texto dos Evangelhos, três, quatro e mais vezes, para poder assim subtraí-los às refutações".


Foi necessária uma cuidadosa triagem de todos eles, visando retirar as divergências mais acentuadas, sendo adotada a de Hesíquies, de Alexandria; e de Pânfilo, de Cesaréía e a de Luciano, de Antióquia. Mesmo assim, só na de Luciano existem 3.500 passagens redigidas diferentemente. Disso resulta que, mesmo para os Padres da Igreja, os Evangelhos não são fonte segura e original.


Os Evangelhos que trazem a palavra "segundo", que em grego é "cata", não vieram diretamente dos pretensos evangelistas.


A discutível origem dos Evangelhos, explica porque os documentos mais antigos não fazem referência à vida terrena de Jesus.


Não é razoável supor que uma "palavra divina" possa ser alterada assim tão fácil e impunemente por mãos humanas. Que fique na dependência de ser julgada boa ou má por juízes e dignitários eclesiásticos.

Como vá vimos no artigo "Qual a importância dos apócrifos?", existem alguns livros escritos antes ou pouco depois de Cristo que tinham como intenção figurar como Escritura Sagrada.

Mas, pelo Magistério da Igreja e assistência do Espírito Santo, esses livros espúrios foram definitivamente afastados, restando apenas o cânon bíblico que guardamos até hoje. Por esse motivo, muitos desapareceram, outros sobreviveram em uma ou outra comunidade
antiga, ou, ainda, em traduções, fragmentos ou citações.

A seguir, apresentamos uma lista exaustiva de livros apócrifos do Antigo e do Novo Testamento que, embora longa, provavelmente não esgota todos os livros escritos ou existentes, porém, bem demonstra a quantidade de livros escritos com a intenção de "completar" a Bíblia.

Incluímos também, ao final, os manuscritos encontrados em Qumran, nas grutas do Mar Morto, que foram escritos ou preservados por uma comunidade que vivia nesse deserto separada dos grupos religiosos da Palestina do tempo de Jesus (Saduceus, Fariseus, Samaritanos, etc.). Esse grupo, denominado Essênio, como podemos ver, considerava o Antigo Testamento como Escritura Sagrada (inclusive os deuterocanônicos), mas tinha como característica própria seguir ainda outros "livros sagrados".

Portanto, temos como apócrifos as seguintes obras:

ANTIGO TESTAMENTO

1. Apocalipse de Adão
2. Apocalipse de Baruc
3. Apocalipse de Moisés
4. Apocalipse de Sidrac
5. As Três Estelas de Seth
6. Ascensão de Isaías
7. Assunção de Moisés
8. Caverna dos Tesouros
9. Epístola de Aristéas
10. Livro dos Jubileus
11. Martírio de Isaías
12. Oráculos Sibilinos
13. Prece de Manassés
14. Primeiro Livro de Adão e Eva
15. Primeiro Livro de Enoque
16. Primeiro Livro de Esdras
17. Quarto Livro dos Macabeus
18. Revelação de Esdras
19. Salmo 151
20. Salmos de Salomão (ou Odes de Salomão)
21. Segundo Livro de Adão e Eva
22. Segundo Livro de Enoque (ou Livro dos Segredos de Enoque)
23. Segundo Livro de Esdras (ou Quarto Livro de Esdras)
24. Segundo Tratado do Grande Seth
25. Terceiro Livro dos Macabeus
26. Testamento de Abraão
27. Testamento dos Doze Patriarcas
28. Vida de Adão e Eva

NOVO TESTAMENTO

1. A Hipostase dos Arcontes
2. (Ágrafos Extra-Evangelhos)
3. (Ágrafos de Origens Diversas)
4. Apocalipse da Virgem
5. Apocalipse de João o Teólogo
6. Apocalipse de Paulo
7. Apocalipse de Pedro
8. Apocalipse de Tomé
9. Atos de André
10. Atos de André e Mateus
11. Atos de Barnabé
12. Atos de Filipe
13. Atos de João
14. Atos de João o Teólogo
15. Atos de Paulo
16. Atos de Paulo e Tecla
17. Atos de Pedro
18. Atos de Pedro e André
19. Atos de Pedro e Paulo
20. Atos de Pedro e os Doze Apóstolos
21. Atos de Tadeu
22. Atos de Tomé
23. Consumação de Tomé
24. Correspondência entre Paulo e Sêneca
25. Declaração de José de Arimatéia
26. Descida de Cristo ao Inferno
27. Discurso de Domingo
28. Ditos de Jesus ao rei Abgaro
29. Ensinamentos de Silvano
30. Ensinamentos do Apóstolo [T]adeu
31. Ensinamentos dos Apóstolos
32. Epístola aos Laodicenses
33. Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos
34. Epístola de Jesus ao rei Abgaro (2 versões)
35. Epístola de Pedro a Filipe
36. Epístola de Pôncio Pilatos a Herodes
37. Epístola de Pôncio Pilatos ao Imperador
38. Epístola de Tibério a Pôncio Pilatos
39. Epístola do rei Abgaro a Jesus
40. Epístola dos Apóstolos
41. Eugnostos, o Bem-Aventurado
42. Evangelho Apócrifo de João
43. Evangelho Apócrifo de Tiago
44. Evangelho Árabe de Infância
45. Evangelho Armênio de Infância (fragmentos)
46. Evangelho da Verdade
47. Evangelho de Bartolomeu
48. Evangelho de Filipe
49. Evangelho de Marcião
50. Evangelho de Maria Madalena (ou Evangelho de Maria de Betânia)
51. Evangelho de Matias (ou Tradições de Matias)
52. Evangelho de Nicodemos (ou Atos de Pilatos)
53. Evangelho de Pedro
54. Evangelho de Tome o Dídimo
55. Evangelho do Pseudo-Mateus
56. Evangelho do Pseudo-Tomé
57. Evangelho dos Ebionitas (ou Evangelho dos Doze Apóstolos)
58. Evangelho dos Egípcios
59. Evangelho dos Hebreus
60. Evangelho Secreto de Marcos
61. Exegese sobre a Alma
62. Exposições Valentinianas
63. (Fragmentos Evangélicos Conservados em Papiros)
64. (Fragmentos Evangélicos de Textos Coptas)
65. História de José o Carpinteiro
66. Infância do Salvador
67. Julgamento de Pôncio Pilatos
68. Livro de João o Teólogo sobre a Assunção da Virgem Maria
69. Martírio de André
70. Martírio de Bartolomeu
71. Martírio de Mateus
72. Morte de Pôncio Pilatos
73. Natividade de Maria
74. O Pensamento de Norea
75. O Testemunho da Verdade
76. O Trovão, Mente Perfeita
77. Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria
78. "Pistris Sophia" (fragmentos)
79. Prece de Ação de Graças
80. Prece do Apóstolo Paulo
81. Primeiro Apocalipse de Tiago
82. Proto-Evangelho de Tiago
83. Retrato de Jesus
84. Retrato do Salvador
85. Revelação de Estevão
86. Revelação de Paulo
87. Revelação de Pedro
88. Sabedoria de Jesus Cristo
89. Segundo Apocalipse de Tiago
90. Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus
91. Sobre a Origem do Mundo
92. Testemunho sobre o Oitavo e o Nono
93. Tratado sobre a Ressurreição
94. Vingança do Salvador
95. Visão de Paulo

ESCRITOS DE QUMRAN

1. A Nova Jerusalém (5Q15)
2. A Sedutora (4Q184)
3. Antologia Messiânica (4Q175)
4. Bênção de Jacó (4QPBl)
5. Bênçãos (1QSb)
6. Cânticos do Sábio (4Q510-4Q511)
7. Cânticos para o Holocausto do Sábado (4Q400-4Q407/11Q5-11Q6)
8. Comentários sobre a Lei (4Q159/4Q513-4Q514)
9. Comentários sobre Habacuc (1QpHab)
10. Comentários sobre Isaías (4Q161-4Q164)
11. Comentários sobre Miquéias (1Q14)
12. Comentários sobre Naum (4Q169)
13. Comentários sobre Oséias (4Q166-4Q167)
14. Comentários sobre Salmos (4Q171/4Q173)
15. Consolações (4Q176)
16. Eras da Criação (4Q180)
17. Escritos do Pseudo-Daniel (4QpsDan/4Q246)
18. Exortação para Busca da Sabedoria (4Q185)
19. Gênese Apócrifo (1QapGen)
20. Hinos de Ação de Graças (1QH)
21. Horóscopos (4Q186/4QMessAr)
22. Lamentações (4Q179/4Q501)
23. Maldições de Satanás e seus Partidários (4Q286-4Q287/4Q280-4Q282)
24. Melquisedec, o Príncipe Celeste (11QMelq)
25. O Triunfo da Retidão (1Q27)
26. Oração Litúrgica (1Q34/1Q34bis)
27. Orações Diárias (4Q503)
28. Orações para as Festividades (4Q507-4Q509)
29. Os Iníqüos e os Santos (4Q181)
30. Os Últimos Dias (4Q174)
31. Palavras das Luzes Celestes (4Q504)
32. Palavras de Moisés (1Q22)
33. Pergaminho de Cobre (3Q15)
34. Pergaminho do Templo (11QT)
35. Prece de Nabonidus (4QprNab)
36. Preceito da Guerra (1QM/4QM)
37. Preceito de Damasco (CD)
38. Preceito do Messianismo (1QSa)
39. Regra da Comunidade (1QS)
40. Rito de Purificação (4Q512)
41. Salmos Apócrifos (11QPsa)
42. Samuel Apócrifo (4Q160)
43. Testamento de Amran (4QAm)

OUTROS ESCRITOS

1. História do Sábio Ahicar
2. Livro do Pseudo-Filon

Mas porque alguns Evangelhos ou livros foram considerados Apócrifos?

Posição Evangélica.


APÓCRIFOS: O QUE SIGNIFICA ?
Na realidade, os sentidos da palavra "apocrypha" refletem o problema que se manifesta nas duas concepções de sua canonicidade. No grego clássico, a palavra apocrypha significava "oculto" ou "difícil de entender". Posteriormente, tomou o sentido de "esotérico" ou algo que só os iniciados podem entender; não os de fora. Na época de Irineu e de Jerônimo (séculos III e IV), o termo apocrypha veio a ser aplicado aos livros não-canônicos do Antigo Testamento, mesmo aos que foram classificados previamente como "pseudepígrafos". Desde a era da Reforma, essa palavra tem sido usada para denotar os escritos judaicos não-canônicos originários do período intertestamentário. A questão diante de nós é a seguinte: verificar se os livroseram escondidos a fim de ser preservados, porque sua mensagem era profunda e espiritual ou porque eram espúrios e de confiabilidade duvidosa. 

Natureza e número dos apócrifos do Antigo Testamento


Há quinze livros chamados apócrifos (catorze se a Epístola de Jeremias se unir a Baruque, como ocorre nas versões católicas de Douai). Com exceção de 2 Esdras, esses livros preenchem a lacuna existente entre Malaquias e Mateus e compreendem especificamente dois ou três séculos antes de Cristo.

Significado da palavra CÂNON e CANÔNICO.

CÂNON - (de origem semítica, na língua hebraica "qãneh" em Ez 40.3; e no grego: "kanón" em Gl 6.16"), tem sido traduzido em nossas versões em português como, "regra", "norma".
Significado literal: vara ou instrumento de medir.

Significado figurado: Regra ou critérios que comprovam a autenticidade e inspiração dos livros bíblicos; Lista dos Escritos Sagrados; Sinônimo de ESCRITURAS - como a regra de fé e ação investida de autoridade divina.

Outros significados: Credo formulado (a doutrina da Igreja em Geral); Regras
eclesiásticas (lista ou série de procedimentos)

CANÔNICO - Que está de acordo com o cânon. Em relação aos 66 livros da Bíblia
hebraica e evangélica.
Significado da palavra PSEUDOEPÍGRAFO - Literalmente significa "escritos falsos" - Os apócrifos não são necessariamente escritos falsos, mas, sim não canônicos, embora, também contenham ensinos errados ou hereges.

DIFERENÇAS ENTRE AS BÍBLIAS HEBRAICAS, PROTESTANTES E CATÓLICAS

Diferenças Básicas:
1. Bíblia Hebraica - [a Bíblia dos judeus]
a) Contém somente os 39 livros do V.T.
b) Rejeita os 27 do N.T. como inspirado, assim como rejeitou Cristo.
c) Não aceita os livros apócrifos incluídos na Vulgata [versão Católico Romana)

2. Bíblia Protestante -
a) Aceita os 39 livros do V.T. e também os 27 do N.T.
b) Rejeita os livros apócrifos incluídos na Vulgata, como não canônicos

3. Bíblia Católica -
a) Contém os 39 livros do V.T. e os 27 do N.T.
b) Inclui na versão Vulgata, os livros apócrifos ou não canônicos que são: Tobias,
Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez
versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel. A seguir a lista
dos que se encontravam na Septuaginta:

LIVRO APÓCRIFO DA SEPTUAGINTA 
8 Baruque
1 3 Esdras 
9 A Carta de Jeremias
2 4 Esdras 
10 Os acréscimos de Daniel
3 Oração de Azarias 
11 A Oração de Manassés
4 Tobias 
12 1 Macabeus
5 Adições a Ester 
13 2 Macabeus
6 A Sabedoria de Salomão 
14 Judite
7 Eclesiástico (Também chamado de Sabedoria de Jesus, filho de Siraque)

COMO OS APÓCRIFOS FORAM APROVADOS

A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 8 de Abril de 1546 como meio de combater a Reforma protestante. Nessa época os protestantes combatiam violentamente as doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras, etc. Os romanistas viam nos apócrifos base para tais doutrinas, e apelaram para eles aprovando-os como canônicos.
Houve prós e contras dentro dessa própria igreja, como também depois. Nesse tempo os jesuítas exerciam muita influência no clero. Os debates sobre os apócrifos motivaram ataques dos dominicanos contra os franciscanos. O biblista católico John L. Mackenzie em seu "Dicionário Bíblico" sob o verbete, Cânone, comenta que no Concílio de Trento houve várias "controvérsias notadamente candentes" sobre a aprovação dos apócrifos. Mas o cardeal Pallavacini, em sua "História Eclesiástica" declara mais nitidamente que em pleno Concílio, 40 bispos dos 49 presentes travaram luta corporal, agarrado às barbas e batinas uns dos outros... Foi nesse ambiente "ESPIRITUAL", que os apócrifos foram aprovados. A primeira edição da Bíblia católico-romana com os apócrifos deu-se em 1592, com autorização do papa Clemente VIII.

Os Reformadores protestantes publicaram a Bíblia com os apócrifos, colocando-os entre o Antigo e Novo Testamentos, não como livros inspirados, mas bons para a leitura e de valor literário histórico. Isto continuou até 1629. A famosa versão inglesa King James (Versão do Rei Tiago) de 1611 ainda os trouxe. Porém, após 1629 as igrejas reformadas excluíram totalmente os apócrifos das suas edições da Bíblia, e, "induziram a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, sob pressão do puritanismo escocês, a declarar que não editaria Bíblias que tivessem os apócrifos, e de não colaborar com outras sociedades que incluíssem esses livros em suas edições." Melhor assim, tendo em vista evitar confusão entre o povo simples, que nem sempre sabe discernir entre um livro canônico e um apócrifo e também pelo fato do que aconteceu com a Vulgata! Melhor editá-los separadamente.


Há várias razões porque os protestantes rejeitam os Apócrifos. Eis algumas delas:

1. PORQUE COM O LIVRO DE MALAQUIAS O CÂNON BÍBLICO HAVIA SE ENCERRADO.

Depois de aproximadamente 435 a.C não houve mais acréscimos ao cânon do Antigo Testamento. A história do povo judeu foi registrada em outros escritos, tais como os livros dos Macabeus, mas eles não foram considerados dignos de inclusão na coleção das palavras de Deus que vinham dos anos anteriores.

Quando nos voltamos para a literatura judaica fora do Antigo Testamento percebemos que a crença de que haviam cessado as palavras divinamente autorizadas da parte de Deus é atestada de modo claro em várias vertentes da literatura extrabíblica.
— 
1 Macabeus: (cerca de 100 a.c.), o autor escreve sobre o altar:

"Demoliram-no, pois, e depuseram as pedras sobre o monte da Morada conveniente, à espera de que viesse algum profeta e se pronunciasse a respeito" (l Mac 4.45-46).

Aparentemente, eles não conheciam ninguém que poderia falar com a autoridade de Deus como os profetas do Antigo Testamento haviam feito. A lembrança de um profeta credenciado no meio do povo pertencia ao passado distante, pois o autor podia falar de um grande sofrimento, "qual não tinha havido desde o dia em que não mais aparecera um profeta no meio deles" (l Mac 9.27; 14.41).

— Josefo: (nascido em c. 37/38 d.C.) explicou: "Desde Artaxerxes até os nossos dias foi escrita uma história completa, mas não foi julgada digna de crédito igual ao dos registros mais antigos, devido à falta de sucessão exata dos profetas" (Contra Apião 1:41) Essa declaração do maior historiador judeu do primeiro século cristão mostra que os escritos que agora fazem parte dos "apócrifos", mas que ele (e muitos dos seus contemporâneos) não os consideravam dignos "de crédito igual" ao das obras agora conhecida por nós como Escrituras do Antigo Testamento. Segundo o ponto de vista de Josefo, nenhuma "palavra de Deus" foi acrescentada às Escrituras após cerca de 435 a.c.
— 
A literatura rabínica: reflete convicção semelhante em sua freqüente declaração de que o Espírito Santo (em sua função de inspirador de profecias) havia se afastado de Israel "Após a morte dos últimos profetas, Ageu, Zacarias e Malaquias, o Espírito Santo afastou-se de Israel, mas eles ainda se beneficiavam do bath qôl" (Talmude Babilônico, Yomah 9b repetido em Sota 48b, Sanhedrín 11 a, e Midrash Rabbah sobre o Cântico dos Cânticos, 8.9.3).
— A comunidade de Qumran: (seita judaica que nos legou os Manuscritos do Mar Morto) também esperava um profeta cujas palavras teriam autoridade para substituir qualquer regulamento existente (veja 1QS 9.11), e outras declarações semelhantes são encontradas em outros trechos da literatura judaica antiga (veja 2Baruc 85.3 Oração de Azarias 15). Assim, escritos posteriores a cerca de 435 a.C. em geral não eram aceitos pelo povo judeu como obras dotadas de autoridade igual à do restante das Escrituras.
— 
O Novo Testamento: não temos nenhum registro de alguma controvérsia entre Jesus e os judeus sobre a extensão do cânon. Ao que parece,Jesus e seus discípu1os de um lado e os líderes judeus ou o povo judeu, de outro, estavam plenamente de acordo em que acréscimos ao cânon do Antigo Testamento tinham cessado após os dias De Esdras, Neemias, Ester, Ageu, Zacarias e Malaquias. Esse fato é confirmado pelas citações do Antigo Testamento feitas por Jesus e pelos autores do Novo Testamento. Segundo uma contagem,Jesus e os autores do Novo Testamento citam mais de 295 vezes, várias partes das Escrituras do Antigo Testamento como palavras autorizadas por Deus, mas nem uma vez sequer citam alguma declaração extraída dos livros apócrifos ou qualquer outro escrito como se tivessem autoridade divina. A ausência completa de referência à outra literatura como palavra autorizada por Deus e as referências muito freqüentes a centenas de passagens no Antigo Testamento como dotadas de autoridade divina confirmam com grande força o fato de que os autores do Novo Testamento concordavam em que o cânon estabelecido do Antigo Testamento, nada mais nada menos, devia ser aceito como a verdadeira palavra de Deus.

A contrabalançar essa tese há a declaração de Jesus.

Mateus 11 : 13
Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.

Hora. João era da época de Jesus, portanto toda a Lei e Profetas profetizaram até a época de João talvez o ultimo profeta. 

2. PORQUE A INCLUSÃO DOS APÓCRIFOS FOI ACIDENTAL.

A conquista da Palestina por Alexandre, o Grande, ocasionou uma nova dispersão dos judeus por todo o império greco-macedônico. Pelo ano 300 antes de Cristo, a colônia de judeus na cidade de Alexandria, Egito, era numerosa, forte e fluente. Morrendo Alexandre, seu domínio dividiu-se em quatro reinos, ficando o Egito sob a dinastia dos Ptolomeus. O segundo deles, Ptolomeu Filadelfo, foi grande amante das letras e preocupou-se com enriquecer a famosa biblioteca que seu pai havia fundado. Com este objetivo, muitos livros foram traduzidos para o grego. Naturalmente, as Escrituras Sagradas do povo hebreu foram levadas em conta, apreciando-se também a grande importância que teria a tradução da Bíblia de seus antepassados da Palestina para os judeus cuja língua vernácula era o grego.

Segundo um relato de Josefo, Sumo Sacerdote de Jerusalém Eleazar enviou, a pedido de Ptolomeu Filadelfo, uma embaixada de 72 tradutores a Alexandria, com um valioso manuscrito do Velho Testamento, do qual traduziram o Pentateuco. A tradução continuou depois, não se completando senão no ano 150 antes de Cristo.

Esta tradução, que se conhece com o nome de Septuaginta ou Versão dos Setenta (por terem sido 70, em número redondo, seus tradutores), foi aceita pelo Sinédrio judaico de Alexandria; mas, não havendo tanto zelo ali como na Palestina e devido às tendências helenistas contemporâneas, os tradutores alexandrinos fizeram adições e alterações e, finalmente, sete dos Livros Apócrifos foram acrescentados ao texto grego como Apêndice do Velho Testamento. Os estudiosos acham que foram unidos à Bíblia, por serem guardados juntamente com os rolos de livros canônicos, e quando foram iniciados os Códices, isto é , a escrituração da Bíblia inteira em um só volume, alguns escribas copiaram certos rolos apócrifos juntamente com os rolos canônicos.

Todos estes livros, com exceção de Judite, Eclesiástico, Baruque e 1 Macabeus, estavam escritos em grego, e a maioria deles foi escrita muitíssimos anos depois de o profeta Malaquias, o último dos profetas da Dispensação antiga, escrever o livro que leva o seu nome. O que se pode concluir daí é que, quando a Septuaginta era copiada, alguns livros não canônicos para os judeus eram também copiados. Isso também poderia ter ocorrido por ignorância quanto aos livros verdadeiramente canônicos.

Pessoas não afeiçoadas ao judaísmo ou mesmo desinteressadas em distinguir livros canônicos dos não canônicos tinham por igual valor todos os livros, fossem eles originalmente recebidos como sagrados pelos judeus ou não. Mesmo aqueles que não tinham os demais livros judaicos como canônicos certamente também copiavam estes livros, não por considerá-los sagrados, mas apenas para serem lidos. Por que não copiar livros tão antigos e interessantes? Estes livros, entretanto, têm a importância de refletir o estado do povo judeu e o caráter de sua vida intelectual e religiosa durante as várias épocas que representam, particularmente, a do período chamado intertestamentário (entre Malaquias e João Batista, de 400 anos); é, talvez, por estas razões que os tradutores os juntaram ao texto grego da Bíblia, mas os judeus da Palestina nunca os aceitaram no cânon de seus livros sagrados.

3. TESTEMUNHAS CONTRA OS APÓCRIFOS
Traremos agora o depoimento de várias personagens históricas que depõe contra a lista canônica "Alexandrina", como consta na Septuaginta, Vulgata e em todas as versões das Bíblias católicas existentes. Pelo peso de autoridade que representam esses vultos, são provas mais do que suficientes e esmagadoras contra a inclusão dos Apócrifos no Cânon bíblico. Vejamos:

JOSEFO
JOSEFO: A referência mais antiga ao cânon hebraico é do historiador judeu Josefo (37-95 AC). Em Contra Apionem ele escreve: "Não temos dezenas de milhares de livros, em desarmonia e conflitos, mas só vinte e dois, contendo o registro de toda a história, os quais, conforme se crê, com justiça, são divinos." Depois de referir-se aos cinco livros de Moisés, aos treze livros dos profetas, e aos demais escritos (os quais "incluem hinos a Deus e conselhos pelos quais os homens podem pautar suas vidas"), ele continua afirmando:
"Desde Artaxerxes (sucessor de Xerxes) até nossos dias, tudo tem sido registrado, mas não tem sido considerado digno de tanto crédito quanto aquilo que precedeu a esta época, visto que a sucessão dos profetas cessou. Mas a fé que depositamos em nossos próprios escritos é percebida através de nossa conduta; pois, apesar de ter-se passado tanto tempo, ninguém jamais ousou acrescentar coisa alguma a eles, nem tirar deles coisa alguma, nem alterar neles qualquer coisa que seja"

Josefo é suficientemente claro. Como historiador judeu, ele é fonte fidedigna. Eram apenas vinte e dois os livros do cânon hebraico agrupados nas três divisões do cânon massorético. E desde a época de Malaquias (Artaxerxes, 464-424) até a sua época nada se lhe havia sido acrescentado. Outros livros foram escritos, mas não eram considerados canônicos, com a autoridade divina dos vinte e dois livros mencionados.

ORIGENES
ORÍGENES: No terceiro século d.C, Orígenes (que morreu em 254) deixou um catálogo de vinte e dois livros do Antigo Testamento que foi preservado na História Eclesiástica de Eusébio, VI: 25. Inclui a mesma lista do cânone de vinte e dois livros de Josefo (e do Texto Massorético) inclusive Ester, mas nenhum dos apócrifos é declarado canônico, e se diz explicitamente que os livros de Macabeus estão "fora desses [livros canônicos]".

TERTULIANO: Aproximadamente contemporâneo de Orígenes era Tertuliano. (160-250 dc) o primeiro dos País Latinos cujas obras ainda existem. Declara que os livros canônicos são vinte e quatro.

HILÁRIO: Hilário de Poitiers (305-366) os menciona como sendo vinte e dois.

ATANASIO
ATANÁSIO: De modo semelhante, em 367 d.C., o grande líder da igreja, Atanásio, bispo de Alexandria, escreveu sua Carta Pascal e alistou todos os livros do nosso atual cânon do Novo Testamento e do Antigo Testamento, exceto Éster. Mencionou também alguns livros dos apócrifos, tais como a Sabedoria de Salomão, a Sabedoria de Sirac, Judite e Tobias, e disse que esses "não são na realidade incluídos no cânon, mas indicados pelos Pais para serem lidos por aqueles que recentemente se uniram a nós e que desejam instrução na palavra de bondade".

JERÔNIMO
JERONIMO: Jerônimo (340-420.dc.) propugnou, no Prologus Galeatus. A citação pertinente de Prologus Galeatus é a seguinte:
"Este prólogo, como vanguarda (principium) com capacete das Escrituras, pode ser aplicado a todos os Livros que traduzimos do Hebraico para o Latim, de tal maneira que possamos saber que tudo quanto é separado destes deve ser colocado entre os Apócrifos. Portanto, a sabedoria comumente chamada de Salomão, o livro de Jesus, filho de Siraque, e Judite e Tobias e o Pastor (supõe-se que seja o Pastor de Hermas), não fazem parte do cânon. Descobri o Primeiro Livro de Macabeus em Hebraico; o Segundo foi escrito em Grego, conforme testifica sua própria linguagem". Jerônimo, no seu prefácio aos Livros de Salomão, menciona ter descoberto Eclesiástico em Hebraico, mas declara em sua; convicção que a Sabedoria de Salomão teria sido originalmente composta em Grego e não em Hebraico, por demonstrar uma eloqüência tipicamente helenística. "E assim", continua ele, "da mesma maneira pela qual a igreja lê Judite e Tobias e Macabeus (no culto público) mas não os recebe entre as Escrituras canônicas, assim também sejam estes dois livros úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer as doutrinas da Igreja"). e noutros trechos, prima pelo reconhecimento de apenas os vinte e dois livros contidos no hebraico, e a relegação dos livros apócrifos a uma posição secundária. Assim, no seu Comentário de Daniel, lançou dúvidas quanto à canonicidade da história de Suzana, baseando-se no fato que o jogo de palavras atribuído a Daniel na narrativa, só podia ser derivado do grego e não do hebraico (inferência: a história foi originalmente composta em grego). Do mesmo modo, em conexão com a história de Bel e a do Dragão, declara; "a objeção se soluciona facilmente ao asseverar que esta história especifica não está incluída no texto hebraico do livro de Daniel. Se, porém, alguém fosse comprovar que pertence ao cânone, seríamos obrigados a buscar uma outra resposta a esta objeção".

MELITO: A mais antiga lista cristã dos livros do Antigo Testamento que existe hoje é a de Melito, bispo de Sardes, que escreveu em cerca de 170 d.C.

"Quando cheguei ao Oriente e encontrei-me no lugar em que essas coisas foram proclamadas e feitas, e conheci com precisão os livros do Antigo Testamento, avaliei os fatos e os enviei a ti. São estes os seus nomes: cinco livros de Moisés, Gênesis, Êxodo, Números, Levítico, Deuteronômio,Josué, filho de Num, Juizes, Rute, quatro livros dos Remos,'0 dois livros de Crônicas, os Salmos de Davi, os Provérbios de Salomão e sua Sabedoria," Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos,Jó, os profetas Isaías,Jeremias, os Doze num único livro, Daniel, Ezequiel, Esdras." É digno de nota que Melito não menciona aqui nenhum livro dos apócrifos, mas inclui todos os nossos atuais livros do Antigo Testamento, exceto Éster. Mas as autoridades católicas passam por cima de todos esses testemunhos para manter, em sua teimosia, os Apócrifos!

AS HERESIAS DOS APÓCRIFOS

Uma das grandes razões, talvez a principal delas, porque nós evangélicos rejeitamos os Apócrifos, é devido a grande quantidade de heresias que tais livros apresentam.

Fora isso, existem também lendas absurdas e fictícias e graves erros históricos e geográficos, o que fazem os Apócrifos serem desqualificados como palavra de Deus. A seguir daremos um resumo de cada livro e logo a seguir mostraremos seus graves erros.

RESUMO:

TOBIAS - (200 a.C.) - É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael.

Apresenta:
— justificação pelas obras - 4:7-11; 12:8
— mediação dos Santos - 12:12
— superstições - 6:5, 7-9, 19
— um anjo engana Tobias e o ensina a mentir 5:16 a 19

JUDITE - (150 a.C.) É a História de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando um general inimigo e decapitando-o. Grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios.

CONTRAPARTE
Entretanto em várias passagens Bíblicas vemos comportamentos semelhantes. Um dos casos é a decapitação dos profetas de BAAL exigida por Elias.

BARUQUE - (100 a.D.) - Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da destruição de Jerusalém. Porém, é de data muito posterior, quando da segunda destruição de Jerusalém, no pós-Cristo.
Traz entre outras coisas, a intercessão pelos mortos - 3:4. ECLESIÁSTICO - (180 a.C.) - É muito semelhante ao livro de Provérbios, não fosse as tantas heresias:
— 
A Intercessão pelos mortos seria de fato uma Heresia? Há Historiadores que afirmam que tal crença fazia parte das crenças dos Cristãos primitivos, e foi considerada Heresia pelo Concílio de Constantinopla no ano 553.

Segundo Concílio de Constantinopla (que acredita-se ter sido o Quinto Concílio Ecuménico da Igreja) foi um concílio ecuménico realizado na cidade de Constantinopla (atual Istambul , Turquia) de 5 de maio a 2 de junho do ano 553. Foi convocado pelo imperador romano Justiniano, com participação majoritária de bispos orientais; apenas dezesseis bispos ocidentais estavam presentes, vindos das províncias romanas da África e da Ilíria. O Presidente foi o bispo Eutiquiopatriarca de Constantinopla.
 O concílio foi a última fase de um conflito longo e tumultuado que começou com um édito de Justiniano em 543 d.C. contra Orígenes e o chamado origenismo. Justiniano se convenceu que o Nestorianismo continuava a ganhar força por causa dos escritos de Teodoro de Mopsuéstia (m. 428 d.C.), Teodoreto (m. 457 d.C.) e Ibas de Edessa (m. 457 d.C.), sendo que as obras de Teodoro e de Teodoreto eram muito admiradas dentro da Igreja. Por conta da sua recusa inicial em condenar os "Três Capítulos", o Papa Vigílio foi detido em Constantinopla contra sua vontade em 547 d.C.
 COMENTÁRIOS
 1. José Reis Chaves (católico)

A preexistência do espírito é uma teoria que prega a existência do espírito, antes da existência do corpo. Foi – como veremos sem outro capítulo – uma das teses defendidas pelo grande sábio Orígenes, e que foi condenada pelo polêmico V Concílio Ecumênico de Constantinopla II (553).

Se o espírito fosse criado junto com o corpo, a este seria subordinada a existência daquele, mas o que aconteceu é justamente o contrário, pois jamais o espírito é subordinado ao corpo. Este é vivificado pelo espírito, sem o qual não vive; todavia o espírito vive sem o corpo: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita” (São João 6:63).

Como o espírito é criado por Deus, enquanto que o corpo é criado diretamente pelo homem, subordinar a criação do espírito à criação do corpo – e isso querem os anti-reencarnacionistas – seria querer colocar a criação das obras do homem acima da criação das obras de Deus. Além disso, submeter a criação do espírito à criação do corpo implicaria sujeitar o livre-arbítrio de Deus ao livre-arbítrio do homem. Em outros termos, Deus, para criar um espírito, dependeria da vontade de um casal de ir para a cama para realizar uma cópula.

Na hipótese de que o espírito fosse criado juntamente com o corpo, como se explicaria a criação de um espírito, cujo corpo fosse abortado, se a finalidade de um espírito, para a qual foi criado, é a de vivificar o corpo? Ficaria ele sem exercer eternamente a sua função? E não poderíamos dizer que o corpo abortado seria sempre por culpa dos homens, pois, apesar de isso acontecer, há também os abortos naturais.

A preexistência do espírito com relação ao corpo vivificado por ele, é a base fundamental para a Teoria da Reencarnação, pois que, ao admitirmos o reencarne de um espírito, automaticamente estamos admitindo que ele já encarnou antes, pelo menos uma vez que seja.

Seria por isso que ela foi condenada pelo V Concílio Ecumênico de Constantinopla II, em 553? É possível, pois as pressões do imperador Justiniano e de sua mulher Teodora, como veremos num outro capítulo, foram muito sérias, para não dizer um caso de polícia, como se diz hoje. Aliás, veremos que, na realidade, ele nem foi condenada por esse tal concílio. (CHAVES, 2002, pp. 139-140).(...)Orígenes é conhecido como um dos maiores sábios do cristianismo de todos os tempos. Foi praticamente o criador da nossa teologia cristã.Com apenas 17 anos tornou-se reitor da Universidade de Alexandria, o mais importante centro intelectual do mundo, no século III.O que Santo Agostinho foi para a teologia ocidental, Orígenes foi para a teologia oriental; de sabedoria e inteligência tão brilhantes, que ganhou o título de Adamantino.

Além disso, era dotado de um profundo misticismo e de virtudes raras. Chegou a se mutilar para, segundo ele, poder servir melhor ao Evangelho de Jesus Cristo. Isso, sem dúvida, foi um exagero. Nem tanto, talvez, para a mentalidade da época, mas, de qualquer maneira, é um exemplo de seu elevado sentimento de religiosidade.

Porém, como sempre acontece com as pessoas cujo brilho ofusca a vista dos invejosos, ele foi vítima da inveja por parte de Demétrio, bispo de Alexandria. Mas Orígenes, num exemplo de humildade e obediência a seu superior eclesiástico, procurava cumprir todas as suas ordens, pois desejava ordenar-se padre. Demétrio, porém, negava-lhe a ordenação.

Foi então que o bispo de Jerusalém, Alexandre, e de Cesaréia, Teoctisto, ofereceram a Orígenes a ordenação, o que é obvio ele aceitou.

Com isso, Demétrio ficou irado, tentando de todos os meios prejudicar o nome de Orígenes perante a Igreja. E, infelizmente, Demétrio consegui o seu objetivo.

Porém, perante Deus, a História do cristianismo e mesmo perante a Igreja de hoje, Orígenes é admirado e citado freqüentemente por estudiosos e pesquisadores da Bíblia, da Filosofia e da Teologia.

Embora ele tenha tido algumas de suas idéias condenadas pela Igreja, duas delas continuam sendo atacadas normalmente, e não só por católicos, mas por protestantes também.

E foi o polêmico V Concílio Ecumênico de Constantinopla II, de 553, que condenou suas doutrinas célebres: a Preexistência do Espírito e a Apocatástase (restauração de todas as coisas), as quais a humanidade, hoje, está amadurecida para entendê-las, julgá-las e aceitá-las. (CHAVES, 2002, pp. 162-163).

IMPERADOR  JUSTINIANO 

O V Concílio Ecumênico de Constantinopla II (553)

A Igreja teve alguns concílios tumultuados. Mas parece que o V Concílio de Constantinopla II (553) bateu o recorde em matéria de desordem e mesmo de desrespeito aos bispos e ao próprio Papa Virgílio, papa da época.

O imperador Justiniano tem seus méritos, inclusive o de ter construído, em 552, a famosa Igreja de Santa Sofia, obra-prima da arte bizantina, hoje uma mesquita muçulmana.

Era um teólogo que queria saber mais de teologia do que o papa. Sua mulher, a imperatriz Teodora, foi uma cortesã(meretriz) e se imiscuía nos assuntos do governo do seu marido, e até nos de teologia.

Contam alguns autores que, por ter sido ela uma prostituta, isso era motivo de muito orgulho por parte das suas ex-colegas. Ela sentia, por sua vez, uma grande revolta contra o fato de suas ex-colegas ficarem decantando tal honra, que, para Teodora, se constituía em desonra.

Para acabar com esta história, mandou eliminar todas as prostitutas da região de Constantinopla – cerca de quinhentas.

Como o povo naquela época era reencarnacionista, em sua maioria cristão, passou a chamá-la de assassina, e a dizer que deveria ser assassinada, em vidas futuras, quinhentas vezes; que era seu carma por ter mandado assassinar as suas ex-colegas prostitutas.
Mulher do povo, prostituta, comediante, Teodora - que nasceu por volta do ano 500 - tornou-se imperatriz pelo poder de seu charme e de sua inteligência e se impôs como uma das figuras mais estranhas da história.


O certo é que Teodora passou a odiar a doutrina da reencarnação. Como mandava e desmandava em meio mundo através de seu marido, resolveu partir para uma perseguição, sem tréguas contra essa doutrina e contra o seu maior defensor entre os cristãos, Orígenes, cuja fama de sábio era motivo de orgulho dos seguidores do cristianismo, apesar de ele ter vivido quase três séculos antes.

Como a doutrina da reencarnação pressupõe a da preexistência do espírito, Justiniano e Teodora partiram, primeiro, para desestruturar a da preexistência, com o que estariam, automaticamente, desestruturando a da reencarnação.

Em 543, Justiniano publicou um édito, em que expunha e condenava as principais idéias de Orígenes, sendo uma delas a da preexistência da alma.

Em seguida à publicação do citado édito, Justiniano determinou ao patriarca Menas de Constantinopla que convocasse um sínodo, convidando os bispos para que votassem em seu édito, condenando dez anátemas deles constantes e atribuídos a Orígenes [O Mistério do Eterno Retorno, pág. 127-127, Jean Prieur, Editora Best Seller, São Paulo, 1996].

A principal cláusula ou anátema que nos interessa é a da condenação da preexistência da alma que, em síntese, é a seguinte: “Quem sustentar a mítica crença na preexistência da alma e a opinião, conseqüentemente estranha, de sua volta, seja anátema” [A Reencarnação e a Lei do Carma, pág. 47, William Walker Atikinson, Ed. Pensamento, São Paulo, 1997].

Vamos ver agora essa cláusula na íntegra: “Se alguém diz ou sustenta que as almas humanas preexistiram na condição de inteligências e de santos poderes; que, tendo-se enojado da contemplação divina, tendo-se corrompido e, através disso, tendo-se arrefecido no amor a Deus, elas foram, por essa razão, chamadas de almas e, para seu castigo, mergulhadas em corpos, que ele seja anatematizado!” [O Mistério do Eterno Retorno, pág. 127-127, Jean Prieur, Editora Best Seller, São Paulo, 1996]. (Si quis dicit, aut sentit proexistere hominum animas, utpote quae antea mentes fuerint et sanctae, satietatemque cepisse divinae contemplationis, e in deterius conversas esse; atque  ideirco apofixestai id este refrigisse a Dei charitate, et inde fixás graece, id est, animas esse nuncupatas, demissasque esse in corpora suplicii causa: anathema) [Magia e Religião, Dr. Rozier, Editora Iniciação, abril de 1898, tradução para o francês por Papus. A Reencarnação, págs. 89-90, Editora Pensamento, São Paulo, 1995]. (CHAVES, 2002, pp. 185-187). 
As igrejas protestantes também rejeitam a preexistência e a reencarnação. Baseando-se, em primeiro lugar, nos anátemas do Imperador Justiniano. Martinho Lutero não aceitava Orígenes, em parte porque não gostava da prática de Orígenes de procurar alegorias nas Escrituras. Lutero escreveu: “Na obra de Orígenes não existe uma só palavra sobre Cristo”. (PROPHET, 1999, p. 213). 
COMENTÁRIOS DO AUTOR
A Bíblia demontra claramente que os cristãos primitivos, acreditavam na Reencarnação. Veja por exemplo o seguinte dialogo entre Jesus e seus discípulos.
 MATEUS 16
13 - E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?
14 - E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas.
15 - Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
16 - E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Como é possível perceber, os discípulos afirmavam que as pessoas acreditavam ser ele a reencarnação de João Batista ou Elias ou Jeremias ou um dos profetas que já tinham existido a séculos antes de Jesus, mas que faziam parte da História do povo Judeu.


Se tal crença fosse uma Heresia, Jesus os repreenderia, mas não o fez porque ele próprio em várias ocasiões confirmou tal coisa. Uma delas é no Monte TABOR. Veja.


MATEUS 17


9 - E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos.

10 - E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro?

11 - E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas;

12 - Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem.

13 - Então entenderam os discípulos que lhes falara de João o Batista.
Veja que segundo o diálogo que Jesus mantém com os discípulos, eles falam de uma profecia que informava que Elias haveria de vir antes de Jesus. Elias viveu 800 anos antes de Jesus. É uma clara alusão à crença na reencarnação. Jesus confirma essa profecia e diz que em verdade Elias já tinha vindo conforme foi profetizado, e o diálogo deixou claro que ele falava de João Batista, como se João Batista tivesse sido a reencarnação de Elias.
Ese fato é confirmado em outra passagem das escrituras. VEJA:


MATEUS 11


11- Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.

12 - E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele.

13 - Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.

14 - E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.

15 - Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

Nas palavras de Jesus, há a afirmação de que este, João Batista é o Elias que havia de vir, portanto Jesus confirma que João Batista é a reencarnação de Elias.

Essas não são em verdade as únicas pistas que existem na Bíblia sobre reencarnação. Na verdade se não se vê isso claramente é porque os estudiosos como disse Jesus estão cegos. Não tem olhos para ver.


Não sou um profundo conhecedor da Bíblia mas vou citar mais algumas evidências.
Jesus era um amigo dos pecadores pois segundo ele, os pecadores eram como doentes que precisavam de médico. Os "JUSTOS" esses não precisavam de médico. Mas houve uma categoria de pecadores, que contra esses Jesus se alterou. Foram os Escribas e Farizeus, pois chegou a chama-los de SEPULCROS CAIADOS, e RAÇA DE VÍBORAS.



MATEUS 21

23 - E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isto? e quem te deu tal autoridade?

24 - E Jesus, respondendo, disse-lhes: Eu também vos perguntarei uma coisa; se ma disserdes, também eu vos direi com que autoridade faço isto.

25 - O batismo de João, de onde era? Do céu, ou dos homens? E pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que não o crestes?

26 - E, se dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos consideram João como profeta.

27 - E, respondendo a Jesus, disseram: Não sabemos. Ele disse-lhes: Nem eu vos digo com que autoridade faço isto.

28 - Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.

29 - Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.

30 - E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.

31 - Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.



Nessa passagem Jesus afirma aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo que os inquiriam visando intriga-lo que eles iriam entrar no Reino dos Céus, entretanto as Meretrizes e os Publicanos que eram os pagãos também iriam entrar no reino dos céus só que antes deles. Curioso que segundo essa afirmação de Jesus, todos iriam entrar no Reino dos céus, uns antes outros depois. Como se daria isso?  Seria inexplicável se não fosse a teoria da reencarnação, já que segundo essa teoria, todos irão se santificando através de sucessivas reencarnações até que atinjam a santificação. Só que esse caminho pode e é muito longo. Alguns demoram mais e outros menos mas todos chegarão um dia a santificação e poderão entrar no Reino dos céus.


Outra passagem que tem explicação fácil pela visão da reencarnação é aquela em que Jesus fala sobre a sua volta.




LUCAS 21


27 - E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória.

28 - Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.

29 - E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira, e para todas as árvores;

30 - Quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão.

31 - Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto.

32 - Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça.

33 - Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar.

34 - E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.

35 - Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra.

36 - Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem.
Nessa passagem Jesus fala sobre a sua volta, vindo em uma nuvem com poder e grande glória. Afirma que aquela geração não passará sem que todas essas coisas se cumpram. A geração de 2000 anos atrás já passou, entretanto que geração é essa a que Jesus se refere? Não é a geração carnal, pois Jesus nunca falava em relação à realidade Material mas sempre em relação à realidade espiritual, portanto é a geração espiritual. Aquela Geração daquela época é a mesma geração atual que está aqui em sucessivas reencarnações.


A maior prova de que a ENCARNAÇÃO existe é a própria encarnação de Jesus. Jesus era um espírito que já existia a muito tempo, antes da criação do planeta Terra, e ao nascer no corpo de uma criança e crescer, demonstrou como é o mecanismo de chegada ao planeta de um espírito, só que nesse caso de um espírito de elevadíssima estatura. Ao morrer declara ao PAI. "Em tuas mãos entrego o meu espírito", demonstrando que há um espírito que se desliga do corpo físico e retorna para o Pai.


Entretanto dirão alguns porque PAULO declara o seguinte:


HEBREUS 9
27 - E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,
28 - Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.

QUEM ESCREVEU A 'CARTA AOS HEBREUS'?

Atribuída a [são] Paulo, a Carta aos Hebreus, 16o livro do Novo Testamento, pode não ter sido escrito pelo Apóstolo

A assim chamada carta aos Hebreus é comumente atribuída a [são] Paulo. Entretanto, seu estilo não tem nada parecido com o de Paulo, e até o séc. IV a Igreja do Ocidente recusou-se a atribuí-la ao Apóstolo.

Seu autor é desconhecido, da segunda geração cristã, e escreveu-a por volta do ano 80. Nada indica também que o texto seja uma carta: faltam endereço e saudação, e o estilo é impessoal, sem nenhuma referência a destinatários.

O gênero literário é mais o de sermão ou homilia.

[...]

Os destinatários são um grupo de leitores que se acham em grande perigo de rejeitar a fé em Jesus como revelador e portador da salvação. Eles sentem dificuldade em aceitar, tanto a forma humilhante e dolorosa da aparição terrestre de Jesus, como os próprios sofrimentos que estão tendo que suportar por serem cristãos e ainda a desilusão de não verem realizada a salvação final.

[...]

O escrito é de grande importância no quadro geral do Novo Testamento, pelo fato de apresentar Jesus como aquele que supera a instituição cultural do Antigo Testamento.

[...] o autor de Hebreus mostra que [...] o único ato salvador a obter de uma vez por todas o perdão é o sacrifício de Jesus, que derramou seu sangue e entregou sua vida por nós.

[...]

Jesus é, portanto, o único mediador entre Deus e os homens. Doravante, é ele o único santuário e sacerdote, e o sacrifício por ele realizado é, daqui por diante, o único agradável a Deus (Hb 9, 11 – 14).
Bíblia Sagrada, Edição Pastoral, PAULUS Gráfica, 1998, p.1545 (com adaptações)

VEJA A SEGUIR ALGUMAS EVIDÊNCIAS


Paulo ao iniciar uma de suas narrativas, nas cartas que escrevia sempre começava das seguintes maneiras: Observem o estilo de Paulo.
1º CORÍNTIOS 1
1 - Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus), e o irmão Sóstenes,
2 - Å igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:
3 - Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
4 - Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo.
 2º CORÍNTIOS 1
 1 - Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus, que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia.2 - Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo.
3 - Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação;
4 - Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.
ROMANOS 1 
1 - Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.
GALATAS 1
 1 - Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos),
EFESIOS 1 
1 - Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus:
 FILIPENSES 1
1 - Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:
COLOSSENSES 1 
 1 - Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo,
1º TESSALONICENSES 1
1 - Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus, o Pai, e no Senhor Jesus Cristo: Graça e paz tenhais de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.
2º TESSALONICENSES

 1 - Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo:

E assim por diante, todas as cartas de Paulo começavam com esse estilo de Saudação. Pode-se verificar em todas as epístolas de Paulo e se irá verificar o tipo de saudação inicial.


A única epístola atribuida a Paulo e que não começa com esse tipo de saudação é HEBREUS. que é da seguinte forma.


HEBREUS
1 - Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,


Isso parece muito suspeito. Verifica-se que essa Epístola aos Hebreus não tem o estilo de Paulo o que leva a crer que não é autêntica.



COMENTÁRIOS SOBRE A CARTA AO HEBREUS

(REFERENCIA)Marcos Leal
 
"À quem interessar possa"


A bíblia é um livro maravilhoso, porém, enigmático e complexo. Dificílimo de ser compreendido e interpretado corretamente na sua íntegra. Foi escrito ao longo de anos e anos, gerações e gerações, pelas mais variadas pessoas. Muitos destes textos escritos se perderam ao longo dos séculos. Infelizmente não chegaram até nós e, até o que nos chegou, não estão de fato completos ou conforme os originais, porque na realidade, “ninguém” possui os originais antigos. Se perderam ao longo dos tempos. Ao contrário do que o senso comum imagina, o que hoje nós chamamos de bíblia, e o próprio nome significa isso, “coleção”, nada mais é, de fato, do que uma coletânea de textos que foram pesquisados, catalogados, selecionados e nos imposto, sem direito algum a questionamentos, como sendo a única e verdadeira  palavra de Deus. Mas o que muitos não sabem é que esses textos não estão completos. Foram mexidos, acrescentados, retirados, mal interpretados, mal traduzidos, escondidos e manipulados na sua maior parte. Repito, ninguém, ninguém, absolutamente, ninguém hoje possui os originais da bíblia. O que nós temos hoje, de fato, são cópias, das cópias, das cópias, das cópias, das cópias, das cópias, das cópias...é impossível hoje sabermos realmente quais foram as verdadeiras palavras de Jesus. É impossível hoje sabermos quais foram as verdadeiras palavras de Moisés, Davi, Salomão e tantos outros. O que nós temos hoje são cópias de textos traduzidos de outras cópias traduzidas. Quando se fala por aí de originais da bíblia, na realidade se está falando de cópias de manuscritos mais antigos que por sua vez já foram cópias feitas de supostos originais. A primeira tradução da bíblia do hebraico antigo para o grego foi feita por 72 sábios da cidade de Alexandria no ano 285 a.C que levaram nada mais nada menos que 39 anos para completarem essa tradução e que depois de pronta, ainda apresentaram erros e que levaram mais cinco anos para serem revisadas e corrigidas. Lembremos que naquele tempo não havia dicionário. Convocava-se homens sábios, letrados e confiava-se neles para fazerem suas interpretações e correções de acordo com o seu conhecimento das línguas. Haviam inúmeras divergências entre eles e no final, o que uma maioria decidia como certo, era tido como certo e pronto. Ou algumas vezes, alguém que detinha um poder maior, determinava que seria daquele jeito, daquela maneira e ponto final. Foi o caso, por exemplo, do Imperador Constantino, que nem cristão batizado era, nunca quis sê-lo, e no entanto presidiu o Concílio de Nicéia em 325 d.C que lançou as bases do cristianismo europeu ocidental, tal qual nós o conhecemos hoje, na época inclusive haviam 72 evangelhos e que por determinação de Constantino após o Concílio passaram a ser aceitos apenas 04, os que a maioria de nós conhecemos hoje. Todos os opositores do Imperador foram mortos ou perseguidos e tiveram que fugir. Dos mil bispos convocados para o Concílio, apenas trezentos puderam votar, os que eram analfabetos, e que sobre pressão armada de Constantino, tiveram que acatar suas decisões. Mas sobre isso falaremos outra hora. Bom, após esse laborioso trabalho dos sábios alexandrinos a bíblia finalmente ficou pronta e foi exposta na biblioteca de Alexandria que foi invadida, incendiada e destruída pelos romanos quando conquistaram aquela região. A bíblia que tantos anos e trabalho levou para ser pesquisada, catalogada, traduzida, foi queimada pelos romanos. Perderam- se todos os manuscritos. Muitos dos sábios que participaram da tradução foram mortos e alguns conseguiram fugir e se espalharam pelo mundo afora. Muitos tempos depois, quando o cristianismo já era religião oficial do Império Romano, incubiu-se um sábio e padre  de fazer uma nova tradução da bíblia para o latim, baseado em textos pesquisados e catalogados pela igreja romana. O que ele fez em um espetacular período de apenas três anos. O que um grupo de homens levou 72 anos para realizar, ele realizou em apenas três. A sua tradução também continha inúmeros erros e conta-se que ele passou o resto de sua vida estudando os textos sagrados e fazendo correções. O nome do sábio ficou conhecido como São Jerônimo. Conta-se que antes de morrer ele escreveu uma carta ao papa pedindo perdão, pois sabia que iria para o inferno por ter profanado as sagradas escrituras e dado a elas a interpretação que lhe achava conveniente a pedido de um determinado bispo. Essa tradução foi chamada de “vulgata” e é a versão da bíblia aceita e utilizada no mundo cristão católico até hoje. Muitos, muitos, muitos séculos depois, após Martinho Lutero, um monge católico romper com a igreja romana e dá início ao movimento “protestantista” que por sua vez deu origem às igrejas evangélicas atuais, um homem chamado João Ferreira de Almeida fez a sua tradução da bíblia para o português utilizando-se de vários textos e fontes pesquisadas por ele. Ao final de um majestoso e cansativo trabalho de 28 anos, ele finalmente conseguiu traduzir os livros do chamado Novo Testamento. Ao terminar as traduções e as revisões, o próprio, João Ferreira de Almeida, admitiu ter encontrado mais de “dois mil erros”. Outro revisor por nome Ribeiro dos Santos afirmou ter encontrado um número bem maior. Após mais 15 anos de trabalho ele traduziu os livros do chamado Velho Testamento até o capítulo 41 versículo 21 (Ez 41:21) e faleceu em 06 de agosto de 1691 deixando a sua obra inacabada. Em 1748, cinqüenta e sete anos após a morte de João Ferreira, o pastor Jacobus op den Akker reiniciou o trabalho deixado por ele e cinco anos depois, em 1753 foi impressa a primeira bíblia completa em português. Essa é a versão da bíblia mais aceita e adotada no mundo evangélico.

 De lá para cá a bíblia tem passado por adaptações e adaptações, todas baseadas, como eu falei anteriormente, nas cópias, das cópias, das cópias, das cópias.

Bom aonde eu quero chegar com tudo isso? Calma. Era necessário fazer esse breve apanhado geral para então nos situarmos na carta de Paulo aos hebreus que é o tema dessa explanação. Mas por que justamente a carta de Paulo aos hebreus? Porque é única parte na bíblia onde, supostamente, segundo algumas interpretações se diz que não existe reencarnação.   

   As cartas de Paulo, ao contrário do que se imagina por aí, não chegaram até nós intactas. Na verdade, nenhuma delas chegou até nós em seu estado original. Repito mais uma vez, o que chegou até nós foram algumas cópias. Ninguém tem as originais. Se perderam ao longo dos tempos e ainda assim os poucos textos que chegaram até nós não estão completos em sua íntegra. Perderam-se versículos inteiros. Outros foram acrescentados, adaptados, manipulados. É aquela história, quem conta um conto aumenta um ponto. Assim como um restaurador de quadros, coloca no desenho a forma como ele acha que deveria ser o desenho original, assim um restaurador de textos, coloca no papel o que ele acha que deveria ser o texto antigo e que foi danificado. Ele o restaura de acordo com a sua interpretação daquele contexto. Outra coisa, essas línguas antigas nas quais foi escrita a bíblia são línguas extremamente complexas. Um exemplo: a língua hebraica não possuía sinais de pontuação, tipo vírgula, ponto parágrafo, ponto de interrogação, de exclamação. Não havia sinais de acentuação, não havia tempos verbais, as palavras não possuíam espaços entre si, era tudo uma coisa só, não havia nem mesmo vogais. E por aí vai. Tá entendendo o quanto é difícil se fazer uma tradução de algo que já é uma cópia e saber realmente qual era o sentido original daquela expressão?

Sem falar que no passado, ler e escrever era privilégio de bem poucos, a maioria da população e até mesmo reis eram analfabetos. Os chamados copistas eram muitas das vezes analfabetos. Eram convocados por outros copistas para auxiliá-los nessa árdua tarefa, já que não havia máquinas de Xerox, scanner, máquina de escrever, computador, tipografia e tudo tinha que ser feito a mão mesmo, letra por letra. O copista analfabeto, coitado, não tinha a menor noção do que estava escrevendo, ele apenas aprendia a desenhar as letras e procurava copiar igual, mas devido o cansaço, a preguiça, a falta de estímulo – a maioria eram escravos -, terminavam pulando ou engolindo frases inteiras para terminar logo aquele trabalho enfadonho. (ao chegar em casa hoje faz um teste: tenta escrever um capítulo inteiro da bíblia à mão e depois me conta o resultado).

Pois bem voltando às cartas de Paulo, hoje qualquer filólogo ( pessoa que se dedica ao estudo de línguas) sabe que é impossível se afirmar com precisão se as cartas de Paulo são realmente dele, foram todas escritas por ele. Sabe-se, por exemplo, que muitas delas não são de fato dele. A carta aos hebreus é uma delas. Existem inúmeros indícios que atestam isso. Um deles; todos nós sabemos que a língua é uma entidade viva, ou seja, ela se modifica com o tempo e acompanha o contexto histórico de cada época. A língua retrata, por exemplo, o modo de se vestir de um povo, sua maneira de festejar, seus hábitos alimentares, seus costumes de época, suas descobertas científicas, sua evolução ao longo do tempo. Palavras tais como; homepag, e-mail, Orkut, gmail, hotmail, MSN, PC, e-book, e internet só passaram a existir após a invenção do computador, não é verdade? Antes da invenção do computador que aconteceu em mil novecentos e quarenta e cinco era impossível essas palavras existirem, certo? Ou seja, elas são conseqüência de uma descoberta, de um invento que a partir de uma data x, passou a fazer parte do cotidiano de um povo e que possibilitou o surgimento de uma nova linguagem específica àquele contexto de época. O que aconteceria se alguém chegasse a você com um texto datado de mil e oitocentos, onde estivesse escrito lá palavras como as citadas acima, e-mail, internet, MSN, etc.? Você, lógico, diria a essa pessoa que esse suposto texto não seria do ano de mil e oitocentos porque ele conteria em seu interior palavras que só foram inventadas e utilizadas pelas pessoas um século depois! Somente depois da invenção do computador!

Pois bem, os filólogos e teólogos, estudiosos das línguas e culturas antigas, descobriram que muitas palavras que foram utilizadas nas cartas de Paulo que chegaram até nós não podem ser de Paulo porque não fazem parte do contexto histórico em que ele viveu. Não fazem parte daqueles costumes de época. Mas que, provavelmente, foram escritas até mesmo, séculos após a morte de Paulo, por alguém ou “alguéns” se fazendo passar por ele, por saber do “respaldo” que este adquirira dentro do movimento cristão.

Você não precisa ser nenhum filólogo, nem mesmo teólogo para constatar o que eu digo. Há uma maneira bem simples de averiguar por si só. Acompanhe minha linha de raciocínio e descubra.

Todo artista plástico, pintor, escultor, arquiteto, desenhista, modista, etc., tem uma característica que lhe é peculiar. Tem um traço, uma maneira de se expressar que é só seu, e que possibilita um pesquisador, um crítico de arte, por exemplo, identificar quando uma obra dita ser sua é falsa ou verdadeira. É como se na obra estivesse ali marcada, codificada a impressão digital do artista, que é única e insubstituível.

Todo escritor, que também é um artista, tem o seu jeito pessoal de escrever. Seu traço, seu jeito de se expressar, sua personalidade, sua impressão digital que ele deixa marcada na sua literatura. Pois bem, Paulo tinha um estilo próprio seu de escrever. Sua maneira de se expressar, sua marca, digamos assim registrada. Se pegarmos todas as ditas cartas que se diz serem de Paulo: carta aos romanos, tessalonicenses, filipenses, coríntios, gálatas, efésios, etc., enfim todas. Todas elas começam com uma saudação e uma despedida no final que era um costume, uma característica de Paulo, tipo: “Aos irmãos da igreja tal, graça e paz da parte de nosso senhor Jesus cristo” e se despedia da mesma forma. Pois bem, agora pegue, justamente, a referida carta aos hebreus e veja se ela contém a dita saudação e o desfecho final? Eu aguardo.

Pegou? Leu? Tem a referida característica? Tem a saudação?

Não, não é mesmo?

E não fica só nisso. Se você tiver a oportunidade de ler uma cópia do manuscrito mais antigo referente a essa carta de Paulo, verá que ela difere em muito no seu linguajar rebuscado, às demais cartas de Paulo. É uma outra linguagem, muito diferente da forma como Paulo costumava escrever. Todo bom filólogo sabe disso. A maioria dos teólogos aceita que ela não é de Paulo, mas de alguém que a escreveu se fazendo passar  por ele.

É engraçado, justamente a passagem bíblica que é largamente utilizada para rechaçar a teoria da reencarnação, pode nem mesmo ser um texto confiável.

Mas vamos em frente.

Digamos que a carta aos hebreus seja de Paulo e que ele escreveu lá que “o homem nasce uma vez, morre e segue o juízo final” e que por isso mesmo não existe reencarnação, já que o camarada depois de morto ficaria aguardando o julgamento final, que para alguns só acontecerá no final dos tempos. Ora, a coisa pode não ser bem assim. Se como já citei anteriormente, ninguém tem os textos originais, ninguém sabe se realmente esse texto é de Paulo, ninguém sabe se realmente no original estaria escrito dessa forma, ou pode ter sido modificada por erro de tradução ou até mesmo de propósito para desacreditar a teoria da reencarnação! Mas mesmo que no original estivesse escrito assim, mesmo que o referido texto seja de Paulo, ainda assim, não há nada que prove que pela sua interpretação não haja reencarnação. Analise comigo.

O cidadão nasce, vem com uma missão, um aprendizado, digamos assim. Durante toda a sua vida nessa existência ele é orientado pelo seu guia espiritual, seu anjo da guarda, seu mentor, chame como quiser, para que não se desvie do caminho que tem que seguir, da sua tarefa. Isso acontece através de inspirações, sonhos, visões, insights, até mesmo de aparições mesmo. A todo instante somos orientados a fazermos o bem, nossa consciência nos acusa quando erramos, nos pune, ou seja, somos julgados, condenados e absolvidos várias vezes aqui mesmo durante a nossa atual existência. Mas, se ainda assim, persistirmos no erro e no engano, ao desencarnarmos, passaremos então por um dito “julgamento final”, relativo àquela atual existência que acabou de se extinguir. É aí então onde veremos o que vai acontecer conosco, se iremos reencarnar novamente ainda nesse mesmo planeta, se iremos de acordo com o nosso merecimento e grau de evolução para um outro plano mais elevado, ou até mesmo, para um menos elevado. Foi o próprio Cristo, que segundo a bíblia, disse: “a casa de meu pai tem muitas moradas”, Jo 14:2. O que seriam essas moradas? Olhe para o céu a noite e pense: cada estrela daquelas que você ver é um sol, e ao redor de cada sol daqueles circula uma infinidade de planetas. Será que não existe vida em nenhum deles? Será que o Criador em sua infinita sabedoria os colocou ali só pra nós ficarmos olhando pra eles?

Você pode não concordar comigo, tudo bem. Não tem problema. Duvide, questione, busque. Não vamos brigar por causa disso.

“Buscai e achareis, pedi e vos será dado, batei e vos serão abertas as portas”.


Mas continuemos com a tese da condenação dos livros apócrifos.



justificação pelas obras - 3:33,34
— trato cruel aos escravos - 33:26 e 30; 42:1 e 5
— incentiva o ódio aos Samaritanos - 50:27 e 28

SABEDORIA DE SALOMAO - (40 a.D.) - Livro escrito com finalidade exclusiva de lutar
contra a incredulidade e idolatria do epicurismo (filosofia grega na era Cristã).
Apresenta:
— o corpo como prisão da alma - 9:15 (TESE CORRETA PELA VISÃO REENCARNACIONISTA)
— doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma 8:19 e 20(TESE CORRETA PELA VISÃO REENCARNACIONISTA)
— salvação pela sabedoria - 9:19(TESE CORRETA PELA VISÃO REENCARNACIONISTA)

1 MACABEUS - (100 a.C.) - Descreve a história de 3 irmãos da
família "Macabeus", que no chamado período ínterbíblico (400 a.C. 3 a.D)
lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra.
Essa história é uma história de fé e coragem na providencia divina. Não vejo nenhuma contradição doutrinária nela.
II MACABEUS - (100 a.C.) - Não é a continuação do 1 Macabeus, mas um relato
paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu.
Apresenta:
— a oração pelos mortos - 12:44 - 46(TESE CORRETA PELA VISÃO REENCARNACIONISTA)
— culto e missa pelos mortos - 12:43(TESE CORRETA PELA VISÃO REENCARNACIONISTA)
— o próprio autor não se julga inspirado -15:38-40; 2:25-27
— intercessão pelos Santos - 7:28 e 15:14(TESE CORRETA PELA VISÃO REENCARNACIONISTA)

ADIÇÕES A DANIEL:
capítulo 13 - A história de Suzana - segundo esta lenda Daniel salva Suzana num
julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.

capítulo 14 - Bel e o Dragão - Contém histórias sobre a necessidade da idolatria.

capítulo 3:24-90 - o cântico dos 3 jovens na fornalha.

LENDAS, ERROS E HERESIAS

1. Histórias fictícias, lendárias e absurdas
- Tobias 6.1-4 - "Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiu, e parou na primeira pousada
junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu da água um peixe monstruoso
para o devorar. À sua vista, Tobias, espavorido, clamou em alta voz, dizendo: Senhor,
ele lançou-se a mim. E o anjo disse disse-lhe: Pega-lhe pelas gueuras, e puxa-o para
ti. Tendo assim feito, puxou-o para terra, e o começou a palpitar a seus pés.

Se considerarmos que tal narrativa é uma lenda, o que pensar da história do peixe que engoliu Jonas tendo esse sobrevivido no ventre do animal tendo sido depois regurgitado vivo?

2. Erros Históricos e Geográficos

Os Apócrifos solapam a doutrina da inerrância porque esses livros incluem erros
históricos e de outra natureza. Assim, se os Apócrifos são considerados parte das
Escrituras, isso identifica erros na Palavra de Deus. Esses livros contêm erros
históricos, geográficos e cronológicos, além de doutrinas obviamente heréticas; eles
até aconselham atos imorais (Judite 9.1O,13). Os erros dos Apócrifos são
freqüentemente apontados em obras de autoridade reconhecida. Por exemplo:
O erudito bíblico DL René Paehe comenta: "Exceto no caso de determinada informação
histórica interessante (especialmente em 1. Macabeus) e alguns belos pensamentos
morais (por exemplo Sabedoria de Salomão),

Tobias... contém certos erros históricos e geográficos, tais como a suposição de que
Senaqueribe era filho de Salmaneser (1 .15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi
tomado por Nabucodonosor e por Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por
Ciáxares... Judite não pode ser histórico porque contém erros evidentes... [Em 2
Macabeus] há também numerosas desordens e discrepâncias em assuntos
cronológicos, históricos e numéricos, os quais refletem ignorância ou confusão..

HERESIAS
3. Ensinam Artes Mágicas ou de Feitiçaria como método de exorcismo
a) Tobias 6.5-9 - "Então disse o anjo: Tira as entranhas a esse peixe, e guarda, porque
estas coisas te serão úteis. Feito isto, assou Tobias parte de sua carne, e levaram-na
consigo para o caminho; salgaram o resto, para que lhes bastassem até chegassem a
Ragés, cidade dos Medos. Então Tobias perguntou ao anjo e disse-lhe: Irmão Azarias,
suplico-lhe que me digas de que remédio servirão estas partes do peixe, que tu me
mandaste guardar: E o anjo, respondendo, disse-lhe: Se tu puseres um pedacinho do
seu coração sobre brasas acesas , o seu fumo afugenta toda a casta de demônios,
tanto do homem como da mulher, de sorte que não tornam mais a chegar a eles. E o
fel é bom para untar os olhos que têm algumas névoas, e sararão"
b) Este ensino que o coração de um peixe tem o poder para expulsar toda espécie de
demônios contradiz tudo o que a Bíblia diz sobre como enfrentar o demônio.
c) Deus jamais iria mandar um anjo seu, ensinar a um servo seu, como usar os
métodos da macumba e da bruxaria para expulsar demônios.
d) Satanás não pode ser expelido pelos métodos enganosos da feitiçaria e bruxaria, e
de fato ele não tem interesse nenhum em expelir demônios (Mt 12.26).
e) Um dos sinais apostólicos era a expulsão de demônios, e a única coisas que tiveram
de usar foi o nome de Jesus (Mc 16.17; At 16.18)

Um anjo pode não ser um anjo realmente, porque anjos são seres espirituais e esse poderia ser um ser espiritual mas não um anjo autêntico, ou isso poderia ser uma espécie de prova. Na Bíblia muitas das vezes são determinados certos procedimentos só para fazer um teste de fé

4. Ensinam que Esmolas e Boas Obras - Limpam os Pecados e Salvam a Alma
a) Tobias 12.8, 9 - "É boa a oração acompanhada do jejum, dar esmola vale mais do
que juntar tesouros de ouro; porque a esmola livra da morte (eterna), e é a que apaga
os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna".
Eclesiástico 3.33 - "A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados"
b) Este é o primeiro ensino de Satanás, o mais terrível, e se encontrar basicamente em
todas a seitas heréticas.
c) A Salvação por obras, destrói todo o valor da obra vicária de Cristo em favor do
pecador. Se caridade e boas obras limpam nossos pecados, nós não precisamos do
sangue de Cristo. Porém, a Bíblia não deixa dúvidas quanto o valor exclusivo do
sangue como um único meio de remissão e perdão de pecados:

Contrabalançando essa tese apresento os próprios relatos bíblicos


MATEUS 25 - 31 a 44
E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;
E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.

Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.

Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.
E que tal esse?
I CORINTIOS 13
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

Jesus derramou o seu sangue para que tivessemos uma chance, mas sem o nosso esforço para o aperfeiçoamento não seremos salvos.

- Hb 9:11, 12, 22 - "Mas Cristo... por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no
santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção ...sem derramamento de sangue
não há remissão."
- I Pe 1:18, 19 - "sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro,
que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos
vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem
mancha, o sangue de Cristo,"
d) Contradiz Bíblia toda. Ela declara que somente pela graça de Deus e o sangue de
Cristo o homem pode alcançar justificação e completa redenção:
- Romanos 3.20, 24, 24 e 29 - "Ninguém será justificado diante dele pelas obras da
lei.. sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em
Cristo Jesus. A quem Deus propôs no seu sangue.... Concluímos, pois, que o homem é
justificado pela fé, independentemente das obras da lei".

Essa tese vai de encontro a própria bíblia.


TIAGO 2: 24 a 26

Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários, e os despediu por outro caminho?Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.
5. Ensinam o Perdão dos pecados através das orações.

a) Eclesiástico 3.4 - "O que ama a Deus implorará o perdão dos seus pecados, e se
absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua oração de todos os dias".

b) O perdão dos pecados não está baseado na oração que se faz pedindo o perdão,
não é fé na oração, e sim fé naquele que perdoa o pecado, a oração por si só, é uma
boa obra que a ninguém pode salvar. Somente a oração de confissão e
arrependimento baseadas na fé no sacrifício vicário de Cristo traz o perdão (Pv. 28.13;
I Jo 1.9; I Jo 2.1,2)

Ao se fazer a oração pedindo perdão automaticamente ela passa por Jesus, pois Jesus é o único caminho para o pai. 

6. Ensinam a Oração Pelos Mortos
a) 2 Macabeus 12:43-46 - "e tendo feito uma coleta, mandou 12 mil dracmas de prata
a Jerusalém, para serem oferecidas em sacrifícios pelos pecados dos mortos, sentindo
bem e religiosamente a ressurreição, (porque, se ele não esperasse que os que tinham
sido mortos, haviam um dia de ressuscitar, teria por uma coisa supérflua e vã orar
pelos defuntos); e porque ele considerava que aos que tinham falecido na piedade
estava reservada uma grandíssima misericórdia. É, pois, um santo e salutar
pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados".

Orar pelos mortos pelo que se vê era uma prática aceita pela comunidade Judaica.

b) É neste texto falso, de um livro não canônico, que contradiz toda a Bíblia, que a Igreja Católica Romana baseia sua falta e herege doutrina do purgatório.
c) Este é novamente um ensino Satânico para desviar o homem da redenção exclusiva pelo sangue de Cristo, e não por orações que livram as almas do fogo de um lugar inventado pela mente doentia e apostata dos teólogos católicos romanos.
d) Após a morte o destino de todos os homens é selado, uns para perdição eterna e outros para a Salvação eterna - não existe meio de mudar o destinos de alguém após a sua morte. Veja Mt. 7:13,13; Lc 16.26

Essa tese vai de encontro a teoriado Bom pastor.

Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus.
Porque o Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido.
Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e u
ma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou?
E, se porventura achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por aquela do que pelas noventa e nove que se não desgarraram.
Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca.
Se não é a vontade do Pai que alguma das suas criaturas se perca, elas não se perderão pois a vontade de Deus é soberana.

7. Ensinam a Existência de um Lugar Chamado PURGATÓRIO
a) Este é o ensino herético e satânico inventado pela Igreja Católica Romana, de que o homem, mesmo morrendo perdido, pode ter uma Segunda chance de Salvação.

b) Sabedoria 3.1-4 - "As almas dos justos estão na mão de Deus, e não os tocará o tormento da morte. Pareceu aos olhos dos insensatos que morriam; e a sua saída deste mundo foi considerada como uma aflição, e a sua separação de nós como um extermínio; mas eles estão em paz (no céu). E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade".

c) A Igreja Católica baseia a doutrina do purgatório na ultima parte deste texto, onde diz: " E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade".

- Eles ensinam que o tormento em que o justo está, é o purgatório que o purifica para
entrar na imortalidade.
- Isto é uma deturpação do próprio texto do livro apócrifo. De modo, que a igreja
Católica é capaz de qualquer desonestidade textual, para manter suas heresias.

JOÃO 11 - 25 a 26
Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?


- Até porque, ganha muito dinheiro com as indulgências e missas rezadas pelos
mortos.

A finalidade da Igreja ao introduzir a crença no Inferno de fogo é justamente essa. VENDER INDULGÊNCIAS. Isso acarretou a revolta de Martinho Lutero iniciando o movimento protestante. Mas apesar disso há no plano espiritual um lugar de Tormentos e um lugar de consolo como diz a parábola de Lazaro.

d) Leia atentamente as seguinte textos das Escrituras, que mostram a impossibilidade
do purgatório : I Jo 1.7; Hb 9.22; Lc 23.40-43; I6: 19-31; I Co 15:55-58; I Ts 4:12-
17; Ap 14:13; Ec 12:7; Fp 1:23; Sl 49:7-8; II Tm 2:11-13; At 10:43)
8. Nos Livros Apócrifos Os Anjos Mentem
a) Tobias 5.15-19 - "E o anjo disse-lhe: Eu o conduzirei e to reconduzirei. Tobias
respondeu: Peço-te que me digas de que família e de tribo és tu? O anjo Rafael disselhe:
Procuras saber a família do mercenário, ou o mesmo mercenário que vá com teu
filho? Mas para que te não ponhas em cuidados,, eu sou Azarias, filho do grande
Ananias. E Tobias respondeu-lhe: Tu és de uma ilustre família. Mas peço-te que te não
ofendas por eu desejar conhecer a tua geração.

b) Um anjo de Deus não poderia mentir sobre a sua identidade, sem violar a própria lei
santa de Deus. Todos os anjos de Deus, foram verdadeiros quando lhes foi perguntado
a sua identidade. Veja Lc 1.19
9. Mulher que Jejuava Todos os Dias de Sua Vida
a) Judite 8:5,6 - "e no andar superior de sua casa tinha feito para si um quarto
retirado, no qual se conservava recolhida com as suas criadas, e, trazendo um cilício
sobre os seus rins, jejuava todos os dias de sua vida, exceto nos sábados, e nas
neomênias, d nas festas da casa de Israel"
b) Este texto legendário tem sido usado por romana relacionado com a canonização
dos "santos" de idolatria. Em nenhuma parte da Bíblia jejuar todos os dias da vida é
sinal de santidade. Cristo jejuou 40 dias e 40 noites e depois não jejuou mais.
c) O livro de Judite é claramente um produção humana, uma lenda inspirada pelo
Diabo, para escravizar os homens aos ensinos da igreja Católica Romana.
10. Ensinam Atitudes Anticristãs, como: Vingança, Crueldade e Egoísmo
a) VINGANÇA - Judite 9:2
b) CRUELDADE e EGOÍSMO - Eclesiástico 12:6
c) Contraria o que a Bíblia diz sobre:
- Vingança (Rm 12.19, 17)
- Crueldade e Egoísmo ( Pv. 25:21,22; Rm 12:20; Jo 6:5; Mt 6:44-48)
A igreja Católica tenta defender a IMACULADA CONCEIÇÃO baseando em uma
deturpação dos apócrifos (Sabedoria 8:9,20) - Contradizendo: Lc. 1.30-35; Sl 51:5;
Rm 3:23)

A Bíblia está cheia de relatos de crueldade e barbarie que eram os costumes daqueles dias,
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